Verba de mídia do governo federal diminui 24% em 2015

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Verba de mídia do governo federal diminui 24% em 2015

Único meio a receber mais recursos foi a internet, com alta de 12%; apesar disso, a televisão, aberta e fechada, continua com a maior fatia: 66% de share


9 de maio de 2016 - 9h53

O governo federal diminuiu em 24% sua verba destinada à compra de mídia no ano passado, considerando aí a veiculação de campanhas publicitárias da administração direta, como as dos Ministérios, e também as de empresas estatais, como Petrobras e Correios, entre outros.

Trata-se da maior queda de um ano para outro desde o ano 2000, quando as verbas de veiculação em mídia do governo federal começaram a ser monitoradas com a metodologia atual, que se baseia em dados fornecidos pelo IAP – Instituto para Acompanhamento da Publicidade e divulgados pela Secom.

O valor destinado à compra de espaços na mídia caiu de R$ 2,450 bilhões em 2014 para R$ 1, 860 bilhão em 2015, que foi o primeiro ano do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, que, aliás, pode terminar nesta semana com a votação da admissibilidade do impeachment no plenário do senado.

Até então, a maior queda havia sido observada em 2002, último ano da gestão Fernando Henrique Cardoso, quando a diminuição foi de 20%. Também ocorreram quedas no investimento em mídia em 2003 (-12%) e 2007 (-17%), nos governos Lula; e em 2011 (-7%) e 2014 (-6%), já com Dilma presidente. Em todos os outros exercícios, desde 2000, houve aumento em relação aos anos anteriores.

Os valores até 2014 estão indexados pelo IGPM-FGV (índice médio do ano base 2015: 586,426). Os valores de 2015 são correntes (nominais), e os totais se referem apenas à compra de espaços na mídia, não incluem, portanto, verbas de patrocínios, publicidade legal e o investimento na produção publicitária. Como referência, em 2014 o investimento em patrocínios somou R$ 1,42 bilhão.

Em 2015, as maiores diminuições na presença da publicidade do governo federal e das estatais se deram na mídia impressa. Nas revistas a queda foi de 44%, e nos jornais, de 42%. Por outro lado, o único meio que recebeu mais verbas da publicidade estatal foi a internet, com alta de 12% no ano passado.

Apesar disso, a televisão, considerando canais abertos e fechados, continua recebendo a maior parte do dinheiro. Em 2015, a fatia da TV foi de 66%. Confira abaixo os valores destinados a cada mídia.

Investimento em mídia do governo federal, administração direta e indireta

 

Meios 2015 (em R$) 2014 (em R$) Diferença 15/14 Share 2015
Televisão 1.229.634.665,89 1.638.554.692,07 -25% 66%
Internet 233.965.988,68 209.575.723,17 12% 12,5%
Rádio 122.383.706,64 158.260.011,05 -23% 6,5%
Mídia exterior 115.217.196,86 167.259.663,56 -31% 6%
Jornal 89.089.333,63 154.154.917,10 -42% 5%
Revista 66.392.627,64 118.915.144,18 -44% 3,5%
Cinema 7.917.295,29 9.351.374,88 -15% 0,5%
Total 1.864.600.814,63 2.456.071.526,00 -24%

Fonte: Secom, com dados fornecida pelo IAP – Instituto para Acompanhamento da Publicidade. Os valores não incluem: publicidade legal, produção e patrocínio. Valores de 2014 indexados pelo IGPM-FGV (índice médio do ano base 2015: 586,426). Os valores de 2015 são correntes (nominais).

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