Coelhinhos da Dolly são suspensos pelo Conar

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Comunicação

Coelhinhos da Dolly são suspensos pelo Conar

Conselho de ética avaliou que campanha fere estatuto de autorregulamentação publicitária; marca se surpreende e afirma que comercial é veiculado há 10 anos


31 de maio de 2017 - 16h47

Atualizada em 01/6, às 10h20


O conhecido comercial de Páscoa da marca de refrigerantes Dolly pode não ir mais ao ar. A campanha, que já é veiculada há algum tempo pelo anunciante em comemoração à data, foi julgada e suspensa pelo Conselho de Ética do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) nesta terça-feira, 30. Além da recomendação de suspensão da campanha, o anunciante também recebeu uma advertência.

De acordo com os conselheiros da entidade, o comercial do Guaraná Dolly – que mostra várias crianças fantasiadas de coelhinhos enquanto cantam o famoso jingle da marca – fere um dos artigos do estatuto do Conar que estabelece regras para as campanhas voltadas a produtos e serviços cujo público-alvo são crianças e adolescentes.

Na visão dos executivos do Conar, o problema do comercial da Dolly está na locução, que é feita pelas próprias crianças. Por determinação do Conselho, não é proibida a aparição de crianças em campanhas publicitárias, desde que não vocalizem o consumo – prática que a Dolly não seguiu, na opinião dos conselheiros.

Além disso, a relatora do processo movido contra a marca no Conar também ressaltou que as crianças que aparecem no comercial aparentam ter menos de 3 anos – ou seja, não teriam discernimento para participar de uma campanha de um produto com alto teor de açúcar, como é o caso do refrigerante.

Em comunicado, a empresa Tholor, responsável pela marca Dolly , afirma que ainda não recebeu a notificação para a suspensão do comercial e se diz surpresa pelo julgamento de uma campanha que já circula na mídia há dez anos. “A empresa se surpreende com a notícia, já que a Páscoa foi comemorada há mais 45 dias e o comercial é veiculado anualmente desde 2007 nas principais emissoras de televisão do país, sem nunca ter sido alvo de notificação do órgão”, diz a Tholor. A companhia não afirmou se vai recorrer da decisão.

O processo foi movido contra a Dolly em abril e a campanha, na época, foi veiculada na TV aberta e na internet. Embora o comercial tenha saído da mídia televisiva após o feriado religioso, a campanha ainda pode ser vista na página oficial da marca no Facebook. De acordo com o Conar, o anunciante, até o momento, não entrou com recurso contra a decisão da entidade.

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