Teto transforma moradores de favelas em influenciadores

Buscar

Teto transforma moradores de favelas em influenciadores

Buscar
Publicidade

Comunicação

Teto transforma moradores de favelas em influenciadores

ONG trabalha conceito de celebridades do Instagram para denunciar situação de comunidades carentes em centros urbanos


23 de março de 2018 - 15h32

Há menos de um mês de seu principal evento de arrecadação, o Teto lançou uma campanha em que moradores de favelas onde a ONG atua entram na seara dos influenciadores digitais. Temas como look do dia, dieta low carb e projeto verão são abordados por moradores com o objetivo de conscientizar pessoas sobre a desigualdade e o déficit habitacional brasileiro.

A sátira, criada pela agência Grupo Image, conta com cinco perfis de Instagram, todos chamando o público para a Coleta, evento anual onde cerca de seis mil voluntários vão às ruas de diversos centros urbanos do País — entre eles, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador e Belo Horizonte , para arrecadar fundos que financiam projetos de moradia e infraestrutura em mais de quarenta comunidades brasileiras.

“Nunca tinha tido uma conta no Instagram. Estou maravilhada de poder passar a realidade para outras pessoas, estou ali representando a favela. Meu objetivo é impactar o máximo de pessoas possíveis para que elas percebam a essência da mensagem”, afirma Rosane Soares dos Santos, moradora da Vila Moraes e estudante de direito. Na rede, Rosane aparece como protagonista da dieta lowcarb referência à uma alimentação com poucos carboidratos.

A ONG também divulgou um vídeo oficial da campanha. O músico Criolo cedeu a canção Doum para a peça.

Além da motivação financeira, que ano passado chegou a R$ 400 mil, a Coleta também tem o objetivo de angariar voluntários para a causa do Teto.

“Não é uma causa que comove o público. A indústria cultural não fala tanto da pobreza, e as pessoas relacionam quem mora na favela com a violência, nosso objetivo é quebrar esse preconceito”, afirma Luana Scalla, diretora de comunicação do Teto.

Para que a comunicação do projeto seja disseminada, a organização conta com espaços de mídia oferecidos por veículos. Este ano, as empresas de mobiliário urbano Elemídia, Ótima, Eletromídia e JCDecaux cederam espaços para a organização. No digital, UOL e Vice e, na TV, Turner também apoiaram o projeto.

O público que o Teto pretende alcançar com essa campanha é o de jovens universitários. “Hoje vemos um cenário de tantas curtidas sem significado, que participar disso foi arrebatador. A campanha tem uma tônica de denúncia, mas sem desmerecer o conteúdo que as celebridades criam. É apenas uma questão de prioridade”, afirma Bruno Rayvaz, diretor de criação do Grupo Image.

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Agências independentes se unem para formar o Midst Group

    Agências independentes se unem para formar o Midst Group

    Verbo Creative Intelligence e Seven7th pretendem fechar o primeiro ano de operação com faturamento de R$ 30 milhões

  • Brian Wieser: agências full service precisam de reinvenção

    Brian Wieser: agências full service precisam de reinvenção

    No Mídia Master 2024, analista financeiro e editor do boletim informativo Madison and Wall discute crescimento das agências de mídia