“A raiz da indústria não é apenas criativa, mas de execução”

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Comunicação

“A raiz da indústria não é apenas criativa, mas de execução”

Fabiano Coura, SVP da R/GA São Paulo, explica o novo posicionamento da agência, Transformation At Speed, anunciado em Cannes nesta quarta, 20


20 de junho de 2018 - 16h33

Fabiano Coura, SVP da R/GA São Paulo (Crédito: Divulgação)

A R/GA apresentou nesta quarta-feira, 20, em Cannes, o novo posicionamento global da rede, denominado Transformation at Speed, resultado de uma lapidação do foco da empresa para garantir entregas cada vez mais certeiras para os clientes.

Fabiano Coura, SVP da R/GA São Paulo, conta que, na verdade, o anúncio não se trata de algo que está por vir, mas de algo que já vem acontecendo há, pelo menos, cinco anos. “A gente vem estruturando disciplinas como design de produto, produção de conteúdo e todos os serviços de consultoria, orquestrando essa entrega para nossos clientes no mundo inteiro, para trabalhos globais, e esperamos colocar tudo isso de pé para contar em Cannes agora”, afirma.

Segundo ele, a diversificação de serviços da R/GA tornou a empresa complexa aos olhos de alguns clientes. “Vocês fazem consultoria e conteúdo, mas também tecnologia? Vocês são agência digital ou off-line?”. A partir de agora, a companhia fundada por Bob Greenberg passa a operar sob três pilares, explicados por Coura na entrevista a seguir.

Criatividade abrangente
Nosso modelo é orientado a fazer o negócio das marcas crescerem. Se no passado isso era feito por comunicação pura e simplesmente, hoje essa criatividade inerente à indústria pode ser utilizada de maneira muito mais abrangente para ajudar as marcas crescerem.

Meios não tradicionais
Hoje em dia, apenas 44% do tempo gasto consumindo entretenimento e mídia acontece dentro de canais de mídia que possibilitam colocar mensagens comerciais. As mídias tradicionais estão sendo desconstruídas por outras: TV paga pelo Netflix, rádio pelo Spotify. Então a gente, como indústria, pode ajudar os clientes com oportunidades nesses meios não tradicionais. E para isso, é preciso “transformation at speed”.

Acelerar é preciso
Aproveitar oportunidades para aquilo que os clientes mais precisam naquele momento. Para isso, o tempo é a moeda mais importante: partir da ideia, do produto novo, de um serviço digital novo que vai melhorar a experiência do consumidor, para a execução de maneira rápida. Aterrisar e entregar o lado prático do projeto.

Diferencial da indústria criativa
Um grande diferencial em relação às consultorias é que as raízes da indústria não são somente criativas, mas de execução. Já temos capacidade de fazer, há muito tempo, o que muitos outros players que estão tentando incorporar. Os clientes estão sensibilizados por essa necessidade. Quando descobrem que têm esse problema, querem passar rápido do ‘think’ para o ‘make’.

Três estruturas
Agora estamos focados em três estruturas:
Business Transformation: compreende todos os serviços de consultoria. A ideia é sempre apresentar um protótipo ou algum artefato, e nunca um somente um Powe Point.

Experience Transformation: tecnologia para implementar as ideias.

Marketing Transformation: com essa fragmentação absurda de canais e novas plataformas tecnológicas para capturar engajamento, buscar fazer o melhor uso possível para ativar e reter a base de clientes.

Essa combinação é o que a gente acha que a agência do futuro tem de ser. Combinar consultoria com implementação criativa. O case next, para Bradesco, é uma evidência destas três estruturas.

Indústria
Desde o princípio a R/GA foi feita para ter coisas conectadas. Não estamos comprando outras empresas, isso já e integrado desde o início. Essa estrutura se coordena sozinha dentro de casa para o cliente não ter que ter vários parceiros. Foi pensada nesses anos todos para que realmente haja uma única R/GA, o que ainda não vejo muito no mercado. Algumas holdings combinam toda essa diversidade, mas de forma desintegrada.

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