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“Autorregulamentação tornou a publicidade uma referência”

Presidente do Conar, João Luiz Faria Netto fala sobre o livro ‘Publicidade, Ética e Liberdade’, que conta os 40 anos de trajetória da entidade


18 de dezembro de 2018 - 6h00

João Luiz Faria Netto assumiu a presidência do Conar em agosto deste ano (Crédito: Divulgação)

“Não tenho dúvidas em dizer que a autorregulamentação é um dos fatores que tornaram possível à publicidade ser um dos segmentos empresariais mais competitivos do Brasil, uma importante referência na atividade mundial”. Com essa análise, João Luiz Faria Netto, que desde agosto deste ano assumiu a presidência do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), destaca a importância do trabalho da entidade, que celebrou 40 anos de fundação em 2018 e, para celebrar a data, lança um livro que resgata sua história.

Com o título de Publicidade, Ética e Liberdade – O Trabalho do Conar pelo Respeito na Propaganda foi lançado no início do mês, em reunião realizada na sede da entidade. Escrito pelos jornalistas Ari Schneider e Irina Schneider, o livro traz uma linha do tempo, que inicia nas articulações para a formação do Conar, em 1978, passando pelas transformações que a entidade incorporou para adequar sua atuação às mudanças da propaganda e dos meios de comunicação no País.

A obra também traz uma entrevista com Gilberto Leifert, que por 20 anos presidiu o Conar, contribuindo para as principais movimentações realizadas na entidade. Na obra, Leifert analisa a evolução da autorregulamentação publicitária e destaca a importância da organização do mercado para evitar que a publicidade fosse submetida às censuras governamentais.

A maior parte do livro resgata alguns cases emblemáticos julgados pela entidade, mostrando como alguns deles foram fundamentais par ao órgão rever suas diretrizes e estabelecer novas regras para casos que, até então, ainda não tinham precedentes no Conselho de Ética.

Na opinião do presidente do Conar, a leitura traz informações interessantes para publicitários e não-publicitários. Veja a entrevista de João Luiz Faria Netto a respeito do livro:

Obra conta os principais momentos da trajetória do Conar (Crédito: Reprodução)

Meio & Mensagem — Por que razão o Conar decidiu lançar o livro e quais são os assuntos abordados na obra?
João Luiz Faria Netto — O livro marca os 40 anos da criação do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, relembrando seu alcance e atualidade. Também traz muitos casos emblemáticos julgados pelos voluntários do Conselho de Ética, de forma a demonstrar como a ética publicitária funciona na prática. Estes casos foram divididos segundo a sua fundamentação, crianças e adolescentes, bebidas alcoólicas, veracidade e assim por diante. Desta forma, o leitor pode conhecer tanto a base do Código referente a cada um desses assuntos quanto a sua interpretação ao longo do tempo. É leitura que interessa a publicitários e não publicitários e que tem a capacidade de demonstrar que a autorregulamentação é um bom caminho para a sociedade e a melhor forma de controle da propaganda comercial. O livro é também uma homenagem ao longo período da presidência de Gilberto Leifert, recém-encerrada, passando em revista os desafios e as soluções que a entidade propôs num período de tantas inovações e desafios.

Quais contribuições o Conar acredita ter feito para a atividade publicitária no Brasil?
O Conar é uma continuação natural e especialmente visível da disposição dos publicitários em zelarem pelos próprios destinos. Desde os anos 50, a ética esteve na base do crescimento da atividade no Brasil, correspondendo ao forte desenvolvimento que se viu nos anos seguintes. Eu não tenho dúvidas em dizer que a autorregulamentação é um dos fatores que tornaram possível à publicidade ser um dos segmentos empresariais mais competitivos do Brasil, uma importante referência na atividade mundial.

Gilberto Leifert, ex-presidente do Conar, tem um espaço de destaque no livro. Qual a importância de seu trabalho para o histórico da entidade?
A gestão de Gilberto foi muito significativa, pelo crescimento da entidade, pela defesa da liberdade de expressão comercial. Foi a sequência do que ele fizera antes, como diretor executivo a partir de 1980 e, mais tarde, como membro da diretoria. Tenho certeza que ele continuará sendo importante, agora como membro do Conselho Superior do Conar, acumulando toda vitoriosa experiência.

Quais são os maiores desafios que o Conar tem pela frente?
Temos de continuar sintonizados com as necessidades dos consumidores, que têm cada vez mais opções e disposição para se informar, ao mesmo tempo em que a interpretação do texto do Código legitima a sua vigência no cenário em mutação da publicidade, da mídia e dos costumes da sociedade.

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