Aquisições colocam Publicis em 2º no ranking brasileiro

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Aquisições colocam Publicis em 2º no ranking brasileiro

Após compras da DPZ, GP7, Talent e QG, holding salta da 4ª para a 2ª posição em compra de mídia no País


19 de julho de 2011 - 9h45

Ao confirmar a compra de 70% da DPZ na semana passada, Maurice Lévy, CEO do Publicis Groupe, destacou a aquisição como passo-chave para a expansão dos negócios da holding no Brasil. “O status de ícone e a criatividade excepcional da DPZ colocam o Publicis em uma posição mais forte para dar o melhor a nossos clientes e atrair talentos, bem como crescer organicamente”, afirma. “Estamos compromissados com o Brasil não apenas por conta de seu crescimento excepcional, mas também por sua formidável reserva de talentos e pelo fato de ser um País de empreendedores, com grandes marcas e companhias ambiciosas”, completou Lévy.

As declarações estão de acordo com os últimos movimentos do grupo no Brasil, que têm sido bem agressivos e em consonância com a estratégia de tentar se aproximar do líder WPP, seja em escala nacional, seja no plano global. Considerando somente as agências controladas majoritariamente pelas holdings internacionais – o que exclui, por exemplo, os números da NeogamaBBH do resultado do Publicis Groupe e os da DCS e da Master do total da WPP –, o grupo comandado por Martin Sorrel continua com folga na liderança do ranking brasileiro de compra de mídia.

De acordo com os dados do Agências & Anunciantes, as controladas pelo WPP e listadas entre as 50 maiores do País somaram cerca de R$ 3,8 bilhões em 2010. Com as aquisições da DPZ e da GP7 e após ter assumido participação majoritária na Talent e na QG, o Publicis Groupe salta da quarta para a segunda posição, contabilizando R$ 2,2 bilhões e ultrapassando Omnicom (R$ 1,65 bilhão) e Interpublic (R$ 1,61 bilhão).

Embora ainda representem pequenas porções das receitas globais, as agências brasileiras passaram à linha de frente do jogo de aquisições dos principais grupos globais, principalmente pelas perspectivas de crescimento no futuro. A disputa entre WPP e Publicis pelo Brasil é um reflexo das estratégias dos dois lados, que focam em novas tecnologias e segmentos como relações públicas e healthcare, além de mercados emergentes.

De acordo com o DataCenter do Advertising Age, o Publicis Groupe cresceu 14,1% em 2010 na relação com o ano anterior e chegou a receitas de US$ 7,2 bilhões no mundo. Com isso, consolidou a terceira posição no ranking e ampliou a distância em relação ao Interpublic, quarto colocado. Mas a expectativa é de um crescimento grande para 2011, nem tanto por conta dos R$ 88 milhões de impacto da DPZ, mas muito mais pelos € 250 milhões (R$ 550 milhões) de receitas da Rosetta, agência digital adquirida alguns dias antes. Esta foi a terceira maior aquisição de agência digital por parte do Publicis, que havia pago US$ 1,3 bilhão pelo Digitas em 2006 e US$ 530 milhões pela Razorfish em 2009. Além disso, o Publicis Groupe anunciou nesta segunda-feira, 19, a compra de 51%das ações da agência nova-iorquina Big Fuel, especializada em mídia digital (leia mais aqui).

Já o WPP cresceu menos em 2010, ficando na casa dos 6%, mas manteve a dianteira com larga vantagem. Suas receitas representam o dobro do grupo francês: US$ 14,4 bilhões. A segunda colocação está com o Omnicom que, com alta de 7% chegou a US$ 12,5 bilhões. Os principais destaques do WPP em termos de aquisições foram as digitais brasileiras Fbiz (adquirida por US$ 55 milhões) e Gringo, além da agência de publicidade indiana Mindset. Em entrevista concedida ao Meio & Mensagem no mês passado, O CEO global do WPP, Martin Sorrell, disse que não considera o Publicis Groupe seu maior rival no Brasil (veja aqui).

Conforme revelado por este site (veja aqui), o valor da negociação entre Publicis Groupe e DPZ é de US$ 120 milhões. De acordo com a holding francesa, a agência brasileira deverá fechar 2011 com receitas de cerca de R$ 88 milhões. A multinacional destacou ainda que as margens de lucro da DPZ são superiores às médias das operações do grupo em todo o mundo. As negociações duraram sete meses, com condução de Stéphane Estryn, diretor global para fusões e aquisições do Publicis Groupe. A DPZ foi assessorada por Eduardo Steiner, sócio da Results Internacional.

O Publicis Groupe deixou clara em comunicado oficial sua intenção de ampliar a participação para 100% dentro de dois ou três anos. Enquanto isso não acontece, os 30% restantes ficam divididos em partes iguais entre os sócios fundadores da DPZ: Roberto Duailibi, Francesc Petit e José Zaragoza. Por enquanto, a agência não estará ligada diretamente a nenhuma das redes globais da holding; manterá seu nome, assim como sua independência e seu CEO, Flavio Conti.

A compra da DPZ pelo Publicis Groupe coroa um período de grandes transações no mercado brasileiro de agências. Veja, a seguir, os principais movimentos de Fusões e aquisições ocorridas em 2011 no mercado brasileiro:

DPZ
O Publicis Groupe confirmou na semana passada a compra de 70% da emblemática agência brasileira

Casa
Alinhada à rede JWT, nasceu em junho fruto da união da RMG Connect com a Mídia Digital, agência brasileira comprada pelo WPP em maio de 2010

Fbiz
WPP comprou 70% da agência digital brasileira em junho

Possible São Paulo
Lançada em junho após compra de 70% das ações da Gringo pelo WPP

Leo Burnett Tailor Made
O Publicis Groupe fundiu em maio a operação de sua rede global com a incipiente agência brasileira lançada por Paulo Giovanni para ter em seu quadro o empresário e a equipe por ele montada

Publicis Red Lion
Lançada em abril após compra de 100% da brasileira GP7 pelo Publicis Groupe

Talent e QG
Em abril, o Publicis Groupe anunciou a compra de mais 11% das duas agências brasileira, assumindo o controle acionário com fatias de 60% em cada uma delas

XYZ Live
O Grupo ABC fundiu em abril suas três empresas atuantes na área de conteúdo, entretenimento e esportes: Mondo, Maior e Reunion

M&C Saatichi F&Q
Surgiu em março após fusão entre o escritório local da rede inglesa M&C Saatchi e a brasileira FabraQuinteiro

Staff
Comprada em janeiro pelo Grupo 3+, mantém vida independente mesmo após a transferência de seu controle acionário

*Colaborou Felipe Turlão

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