Brasil ganha poucos Leões

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Brasil ganha poucos Leões

Os quase 80 prêmios de 2012 deveriam ser pelo menos 100, diz Philip Thomas, presidente do Festival de Cannes


26 de abril de 2013 - 1h05

 Você achou notável o desempenho brasileiro no Festival de Cannes de 2012, quando as agências do País saíram com 79 Leões? Saiba que o número é considerado abaixo do ideal por Philip Thomas, CEO do evento. “O Brasil deveria ganhar mais”, apontou, durante apresentação ao mercado publicitário e a estudantes, realizada na Faap, em São Paulo.

A explicação é simples. Se considerada o tamanho da economia dos países em relação à quantidade de Leões, o Brasil cairia muito no ranking de Cannes. No ano passado, o País foi o quarto melhor colocado em total de prêmios, atrás de Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha. Mas sob esse critério, ficaria apenas em 13º lugar.

Outra relação possível envolve o investimento publicitário total de cada país em relação ao número de Leões. Nesse caso, a queda seria ainda maior e o Brasil fecharia em 16º lugar. “Isso acontece porque muitos países pequenos em Cannes, como Equador e Colômbia, começaram a ir bem. Mesmo os Estados Unidos não estão bem posicionados, nesse sentido. Eles deveriam ganhar pelo menos 200 Leões”, afirma Thomas.

Para o executivo, países grandes e ricos (sob o ponto de vista do festival) como Brasil e Reino Unido precisam assumir o desafio de ter um rendimento melhor e tomar cuidado para não serem ultrapassados por novas forças emergentes. Perguntado sobre uma meta com a qual o Brasil deveria trabalhar, ele arriscou: “Ao invés de 80 Leões, quem sabe o País não pode ganhar 100?”, diz. “O Brasil já é fantástico, mas pode ir muito melhor”, resume.

Thomas afirma que o Brasil não poderia crescer tanto mais em categorias tradicionais, como Press, Outdoor e Radio, mas que deve ir muito melhor em outras como Cyber e, especialmente, Integrated. “Nesta categoria, há muitos trabalhos ruins inscritos de todos os países. Por isso, vejo amplas possibilidades de o Brasil ir melhor”, aponta.

Claro que a lógica do CEO do festival tem muito a ver com o faturamento. O crescimento de inscrições em países “capitalizados” como o Brasil é uma meta importante para Cannes, que assiste a uma crise na Europa, o continente que abriga a maior quantidade de inscrições.

“Há uma crise financeira mas, ao contrário do que se poderia imaginar, as marcas europeias não estão apostando na criatividade. Sinto um grande medo de todos no continente de se aventurarem em ações mais criativas”, lamenta Thomas, que prevê estagnação nas inscrições de agências da Europa.

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