Dragão em metáfora da guerra contra as drogas

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Dragão em metáfora da guerra contra as drogas

AlmapBBDO e Vetor Zero se envolvem em projeto internacional capitaneado por FHC


25 de agosto de 2014 - 10h32

Drugo é um dragão que vive em um reino e vive cercado por pessoas. O relacionamento com ele as faz faltarem ao trabalho, esquecerem da família, se tornarem mais violentas. Até que um dia, o Rei resolve combatê-lo e decide que a melhor forma de afastar as pessoas de Drugo é bani-lo do reino. Como era inimigo do Rei, o governante usou toda força possível em seu combate. O dragão teve de se esconder e essa situação deu origem a grupos armados que passaram a lucrar com as visitas feitas a ele às escondidas, gerando crimes e corrupção. Entretanto, à medida que a violência aumentava, mais forte o dragão ficava. Até que um dia, pensadores se organizaram para discutir qual a melhor forma de estabelecer uma convivência pacífica entre Drugo e o reino, já que viver sem ele por perto era uma utopia.

A metáfora para abordar o problema das drogas na sociedade atual foi criada por Marcello Serpa, sócio e copresidente da AlmapBBDO, com a colaboração do redator Marco Giannelli (Pernil) e do diretor de arte André Gola, para a Comissão Global de Política sobre Drogas, instituída em 2011 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e chefiada pelo ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso.

O filme de animação “Guerra ao Drugo”, que será lançado nesta segunda-feira, 25, tem produção da Vetor Zero/Lobo, com direção de Gabriel Nóbrega. Com estética apurada, o vídeo usa a técnica stop-motion, com agrupamento de várias imagens para formar uma única cena. No total, foram feitas 31,2 mil fotos, com 4.320 frames para os três minutos do filme, finalizado após nove meses de trabalho. Há versões em inglês e português, e legendas em outras línguas.

A peça integra campanha que pretende ampliar o debate sobre políticas públicas mais eficientes e humanas que as atuais, além de ressaltar o fracasso da criminalização do uso de drogas.

Não é a primeira vez que Marcello Serpa se envolve em um trabalho da comissão. Quando Fernando Grostein Andrade lançou o longa “Quebrando o tabu”, que também se aprofunda na temática sobre drogas, Serpa foi convidado para fazer o pôster e a linguagem visual­ da campanha de lançamento. “Minha esposa, Joanna Guinle, trabalha para o secretariado e fez essa ponte. Foi o próprio Fernando Henrique Cardoso quem pediu a minha colaboração”, diz Serpa. Ele conta que no ano passado participou de uma das reuniões da comissão, levou algumas ideias e recebeu sinal verde para fazer o filme pro-bono.

Para homenagear alguns membros da Comissão, em determinado momento do filme os pensadores são retratados por imagens dos ex-presidentes FHC, Ernesto Zedillo (México), Ruth Dreifuss (Suíça), César Gaviria (Colômbia), além de Paul Volcker, ex-presidente do Banco Central dos EUA.

“Há mais de 50 anos se luta contra as drogas, e nada acontece. Cada vez que se dificulta a produção de uma droga, outra mais potente surge. Muito da violência que vivemos, não só no Brasil, se deve à quantidade de pessoas que são presas por porte de pequenas porções de drogas e são confundidas com traficantes”, avalia Serpa.

A estratégia de divulgação contará com o apoio de entidades não governamentais de vários países para promover o filme. “Nossa expectativa é de que a campanha chegue ao maior número de pessoas para que elas se abram para pensar neste assunto de uma forma mais racional e positiva”, afirma Rebeca Lerer, coordenadora de comunicação do secretariado.  

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