Angélica garante que come salsicha

Felipe Turlao
20 de janeiro de 2015 - 12h53

 A nova campanha de Perdigão, criada pela DM9DDB, que atende o cliente desde dezembro, causa polêmica. Protagonista do primeiro comercial da parceria, ao lado do marido Luciano Huck, a apresentadora Angélica aparece em cena devorando um cachorro-quente com salsicha da marca da BRF, além de apresentar outros produtos como mortadela e nuggets.

O problema é que, historicamente, a apresentadora sempre apregoou a ideia de que tinha uma alimentação saudável para garantir sua boa forma.

Ao GShow, por exemplo, relembrou a história que a fez ter trauma de carne: aos 12 anos, se deparou com um tornedor de filé mignon mal passado. A experiência a fez decidir que não comeria mais carne vermelha “e nem todos os bichos com carinhas fofas como coelhos, porco e carneiro”. A exceção fica para os peixes.

Procurada, a Perdigão falou sobre os hábitos alimentares de Angélica. “Com relação à dieta da apresentadora, sabemos que ela não come alguns tipos de carne, mas esse fato é uma escolha pessoal da atriz e não impacta nos produtos que ela serve em casa para sua família e amigos (exatamente como mostramos nos filmes produzidos)”.

A marca divulgou ainda uma frase atribuída à apresentadora: “fui escolhida para representar a Perdigão por meu papel como mulher dona de casa, que escolhe os produtos para a família e amigos. Além disso, como salsicha, adoro cachorro quente e estou comendo no comercial porque realmente gosto."

Esta não é a primeira vez que uma marca se depara com críticas ao uso de celebridades em contextos controversos. No ano passado, a relação entre Friboi e Roberto Carlos, rompida em novembro, começou com uma polêmica parecida, quando a estratégia de fazer o cantor voltar a comer carne não foi muito bem aceita pelas pessoas.

Outro caso de roteiro controversos envolveu a Seara, que apresentou o chef italiano Cesare Giaccone como “especialista em lasanha”, fato que não ficou comprovado.

No ano passado, pela primeira vez, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) julgou um caso de storytelling e recomendou alterações à comunicação de Diletto – que precisou deixar claro que a história sobre sua origem não era verdadeira. A comunicação do sucos Do Bem também gerou um processo no órgão, posteriormente arquivado, pois dizia que as laranjas que usa "são colhidas fresquinhas na fazenda do senhor Francisco". Entretanto, as frutas usadas vêm, na realidade, de diversos produtores.