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Diretor global de inovação da Dentsu Aegis, Kei Shimada aponta três tendências para o futuro da publicidade: sensores dos wereables, neuromarketing e visualização de dados


27 de abril de 2015 - 11h45

Para Kei Shimada, diretor global de inovação da Dentsu Aegis, o futuro da publicidade será baseada em análise de dados íntimos, como os das batidas do coração e temperatura do corpo.

“Com todos esses dados à disposição do anunciante, ele pode segmentar o anúncio para, por exemplo, enviar uma mensagem exclusiva quando uma pessoa chegar a uma determinada altitude. Se sua mão estiver seca, uma marca pode te avisar por smartphone para ir a uma loja e comprar uma bebida. Ou, então, poderão recomendar um refrigerante quando a temperatura do corpo aumenta”, afirma.

Ele aponta três grandes tendências quando se fala em dados na publicidade: sensores dos wereables, neuromarketing e visualização de dados

Wereables e internet das coisas

Fala-se muito sobre wereables e internet das coisas, mas o que é fascinante e unifica essas duas tendências são os sensores, que estão ficando menores e mais baratos. Há até cinco anos, os sensores estavam em equipamentos grandes. Agora, vários tipos de sensores podem ficar integrados em apenas um objeto pequeno, sejam pulseiras, óculos como o Google­ Glass, relógios Smart Watches, e outros. Com isso, é possível combinar vários dados e as possibilidades de detectar informações para oferecer publicidade são muito mais profundas. Não se trata mais de estabelecer uma conexão pessoal entre marcas e pessoas, mas sim uma relação íntima.

Visualização de dados

Big data é um conceito de que todos falam, mas para seres humanos normais é difícil entender o que acontece com os dados e o que eles estão indicando. A visualização é uma grande tendência na publicidade, pois permitirá às pessoas se engajarem com dados complexos e atrair suas atenções. Uma pulseira esportiva, por exemplo, nada mais é do que uma visualização de sua saúde. O GPS também pode indicar as atividades das pessoas de um país e possibilita entender o comportamento de uma sociedade em determinado momento do tempo. Isso é uma oportunidade para as marcas. A publicidade sempre foi baseada na visualização, seja em anúncios impressos ou comerciais de televisão. A diferença é que, agora, os dados são ativos que precisam ser visualizados para informar.

Neuromarketing

Com a neurotecnologia muitas empresas e agências têm dedicado tempo a encontrar maneiras de extrair dados do que os neurônios estão dizendo. Nas pesquisas tradicionais, as pessoas podem mentir, estar cansadas. Mas sua mente não mente. Obviamente, deve haver um consentimento da pessoa que está sendo pesquisada e a consciência de que não estamos tentando imputar dados, mas extrair pensamentos. Se isso estiver claro, elas não vão reclamar. Na verdade, até vão querer saber mais sobre seus comportamentos. Eu comparo o olhar da mente à nudez. É uma situação embaraçosa. Por isso, é uma responsabilidade das agências explicar para que o dado será utilizado.

Leia reportagem completa na edição 1652 de Meio&Mensagem, com data de capa de 23 de março, disponível para download em Android e iOS.

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