Ricardo Hoffmann fará delação premiada

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Ricardo Hoffmann fará delação premiada

Acusado de ordenar repasse de propinas, ex-executivo da Borghi/Lowe será transferido para complexo médico penal no Paraná


23 de abril de 2015 - 12h10

 Ex-vice-presidente do escritório da Borghi/Lowe em Brasília, Ricardo Hoffmann decidiu fazer um acordo de delação premiada visando ter uma pena menor. A informação é de reportagem da Folha de S. Paulo publicada nesta quinta-feira, 23, que afirma ainda que o acordo deverá ser fechado nos próximos dias. 

Hoffmann está preso desde o dia 10 de abril, sob a suspeita de pagar propina às empresas LSI e Limiar, do ex-deputado André Vargas, em troca de contratos de publicidade com a Caixa e o Ministério da Saúde.

Por determinação do juiz Sérgio Moro, que conduz as investigações da Operação Lava Jato, Hoffmann será transferido nesta quinta-feira, 23, da carceragem da Polícia Federal de Curitiba para o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, região metropolitana da capital paranaense.

A prisão temporária de Hoffmann (cinco dias) havia sido convertida na semana passada em prisão preventiva (sem prazo) pelo próprio Moro, a pedido do Ministério Público Federal.

Outros dois presos tiveram pedidos de transferência deferidos: Dario de Queiroz Galvão Filho, sócio da Galvão Engenharia, e Guilherme Esteves de Jesus, dono da offshore Opdale Industries. Ambos haviam sido presos antes de Hoffmann pela Lava Jato.

O que se sabe até agora?

A Operação Lava Jato suspeita de um esquema de pagamento de propina ao ex-deputado André Vargas (ex-PT, atualmente sem partido), através de bônus por volume (BV) de 10% em cima de contratos de produção, pagos pelas próprias produtoras diretamente às contas da empresa LSI, de Vargas, seguindo instruções de Hoffmann. Em troca, o ex-deputado teria influenciado na escolha da Borghi/Lowe como fornecedora de publicidade de Caixa e Ministério da Saúde.

Hoffmann depôs contra a agência
e envolveu o presidente José Henrique Borghi, que negou conhecer Vargas. A ex-gerente de operações Mônica Cunha afirmou que fez repasses de notas para a LSI sob as ordens de Hoffmann.

Uma planilha encontrada pela polícia indicou repasses de R$ 3,2 milhões a pedido de Hoffmann para a LSI. Um dos pagamentos envolveu a 02 Filmes e se deu por conta de uma segunda agência de publicidade envolvida no caso, a FCB Brasil. A O2 afirmou que todos os filmes produzidos para a FCB foram feitos para anunciantes do setor privado. A agência afirmou que a transferência para a LSI “foi feita sem examinar adequadamente a propriedade dessa empresa”. A forma de pagamento, disse a FCB, foi uma solicitação de Hoffmann, como remuneração devida a ele “por um único projeto de consultoria”.

Uma força-tarefa da Lava Jato também trabalha no sentido de incentivas as produtoras envolvidas nos repasses de dinheiro para as contas de Vargas a fazerem delação premiada.

wraps

Leia mais sobre o assunto:

Ex-executivo da Borghi é preso pela Lava Jato

Justiça quebra sigilo da Borghi e produtoras

Ministério da Saúde susta repasses à Borghi

Ex-executivo da Borghi depõe contra agência

FCB se envolve com investigada pela Lava Jato

 

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