Mad Men 2025: o futuro da indústria

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Mad Men 2025: o futuro da indústria

Advertising Age pede a líderes do mercado de publicidade opiniões sobre como seria a série de TV se ela se passasse daqui a dez anos


8 de maio de 2015 - 1h53

Como Mad Men traz seu olhar épico sobre os anos 1960 e 1970 de volta, pedimos a líderes globais do mercado publicitário de hoje suas opiniões sobre como seria a série de TV se ela se passasse no futuro – mais especificamente daqui a dez anos, em 2025. Leia algumas opiniões a seguir.

Martin Sorrell, CEO do WPP
Em 2025, o mundo (muito divertido) descrito por Mad Men provavelmente vai parecer ainda mais remoto, anacrônico e misógino. Nós não vamos mais definir “criatividade” no senso limitado de apenas arte ou cópia; tecnologia, dados e conteúdo serão parte do que fazemos a um ponto em que a palavra “digital” vai parecer mais irremediavelmente pitoresca e estreita. Nós seremos muito mais globais em perspectiva (Marte? A Lua?) e menos anglo-americanos, e haverá mais Peggy Olsons comandando agências (juntamente com mais pessoas de contextos diferentes em geral). Até lá, eu espero que os diretores financeiros e os responsáveis por contratos principais concordem que marketing é um investimento, e não um gasto.

Sarah Hofstetter, CEO da 360i
A palavra digital não será mais usada para descrever agências ou canais. Independentemente de quais tecnologias emergentes apareçam, alguns dos conceitos básicos do marketing ainda vão prevalecer – como a necessidade por insights criativos, revolucionários e profundos informados por um entendimento inato de pessoas e marcas e um dedo no pulso da cultura. A tecnologia com certeza deixará as coisas mais fáceis, mas a necessidade de criatividade humana em todo o marketing ainda terá um papel fundamental no aproveitamento da psiquê do consumidor e na direção da ação.

Ted Royer, diretor de criação da Droga5 Nova York
Em 2025, todo mundo vai ter a publicidade das empresas jogadas em suas caras. Vai ser um fluxo constante de luz, som e emoção. E todo mundo vai achar que está tudo bem, porque as corporações irão nos convencer de que nós somos melhores amigos, como cachorros do tamanho de arranha-céus. Para resumir: cães do tamanho de edifícios vão jogar bombas de mensagens de amor bem nas nossas caras.

Arthur Sadoun, CEO global da Publicis Worldwide
Pensando em dez anos atrás, em 2005, eu não tenho certeza se qualquer um de nós poderia prever onde a atual Fortune 50 estaria. Daqui a mais dez, eu tenho certeza que ela vai ter mudado completamente mais uma vez. Por um lado, o surgimento das plataformas vai ter quebrado o modelo intermediário. Por que vamos precisar de agências tradicionais quando as marcas e os consumidores estarão perfeitamente unidos com o deep data? O valor de troca entre produtores e consumidores não vai mais fluir em uma direção só: as plataformas vão permitir que eles criem experiências significativas juntos. Como uma indústria, precisamos rapidamente mudar o que fazemos – porque não há espaço para a saliência quando existe a simbiose.

Robert Senior, CEO global da Saatchi & Saatchi
Em 2025… Ainda haverá clientes. Ainda haverá ideias criativas que passarão por múltiplos canais, e os espertos vão conseguir transformar os negócios de seus clientes. Então, em sua essência, não há muita mudança. Mas a fachada vai continuar em seu ritmo ofegante de transformação. Rápido, mais barato, melhor integrado, medível instantaneamente, com tecnologia wearable e uma provável nova plataforma paradigma. E, sem dúvida, o termo “publicidade de TV” vai ter se tornado obsoleto, não menos importante para as pessoas que preveem a morte da TV há anos.

Rei Inamoto, diretor de criação da AKQA
Em 2025, 95% dos consumidores vão gerir suas relações comerciais sem falar com outro ser humano nenhuma vez. Mais transações de serviços estão se tornando digitais a cada ano. Até alguns anos atrás, tínhamos que pedir um serviço de carro manualmente. Agora nós fazemos isso digitalmente, sem ter que falar com um humano. Este é o maior problema que as marcas e os negócios vão ter que continuar encarando nos próximos dez anos: como transformar isso em uma oportunidade e conexões e serviços novos e significativos para as pessoas.

Richard Edelman, CEO da Edelman
Os comerciais de TV vão existir em eventos ao vivo como o Super Bowl. Planejamento de mídia, relações públicas e digital vão se juntar em um, mas as agências vão ter diferentes áreas de especialização. Por exemplo, relações públicas vão permanecer focadas em histórias reais. A geração dos baby boomers é dos anos 1990, então será a época do marketing retrô e nostálgico. Ainda haverá notícias de qualidade, mas com base nas receitas de circulação, não na publicidade.

Jean Lin, CEO global da Isobar
Hoje o diretor criativo é o storyteller conceitual perfeito, e são na maioria das vezes de contextos de redatores e diretores de arte. Talvez dentro de três a cinco anos, nós teremos diretores criativos maravilhosos vindos de contextos de engenharia de software, porque a tecnologia está se tornando uma parte importante e apelativa para a humanidade.

Steve King, CEO da ZenithOptimedia
Eu suspeito que, sob uma perspectiva de mídia, nosso negócio vai passar pela mesma transformação que a indústria de turismo. Os dias de compras de mídia em massa baseados em dados sindicalizados vão rapidamente se tornar anacrônicos enquanto forem substituídos por colocações altamente mensuráveis e endereçáveis através de todas as formas de mídia, tanto online quanto off-line. Hyper targeting vai se tornar a norma, assim como compras baseadas em máquinas. Como consequência, nós vamos ver uma aceleração massiva do investimento em propaganda, já que cada dólar investido rende. As agências de mídia vão se tornar irreconhecíveis e serão lideradas por estrategistas de negócios e cientistas de dados. Clientes vão procurar por agências de mídia para substituir os consultores de gestão como os seus parceiros críticos em suas transformações de negócios. Lord Sorrell e os filhos do presidente francês Maurice Lévy se casarão com dois de seus antigos competidores e irão dividir, felizes, férias em um castelo na Riviera Francesa.

Harris Diamond, presidente e CEO do McCann WorldGroup
Os adolescentes de hoje, agora com mais de vinte anos, sem dúvida vão se lamentar dos “velhos e bons tempos” quando os vídeos viralizavam. Viral vai voltar a ser um termo puramente médico. Ninguém vai se lembrar direito o que um vídeo é. A indústria da propaganda – ou como quer que ela seja chamada então – ainda vai discutir a importância da criatividade. Se acontecer alguma coisa, a criatividade vai se tornar mais importante, apesar da influência dos dados. Nós ainda seremos tocados pelo poder da imaginação e da verdade emocional sobre as nossas vidas. Nós também podemos esperar mudanças demográficas significativas no caráter do nosso negócio – não apenas na maior diversidade da nossa força de trabalho, mas em mais diversidade no topo das lideranças.

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