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Comunicação

Convergência evolutiva de ideias gera conexões inteligentes

Como a indústria não consegue mais inovar sozinha, tem de se integrar na lógica do progresso compartilhado para se aprimorar, se inspirar e aprender novas formas de pensar


23 de julho de 2015 - 10h00

Por Erika Brandão

“Aindústria não sabe mais como se comportar nesse mundo novo. Não está sabendo olhar para frente. Não está sabendo inovar.” Recentemente ouvi essa declaração de uma editora. E ela tem toda a razão.

A Natura, considerada uma das empresas mais inovadoras do nosso país, em um projeto de co-¬criação, pede ajuda a clientes e colaboradores que queiram se envolver mais com a marca e ajudá-la a se aprimorar. O Itaú, a Coca-Cola e a Unilever estão chamando mentores de outras empresas e startups para se inspirar e aprender novas formas de pensar.

Está acontecendo um fenômeno estranho e ao mesmo tempo muito interessante: o papel está se invertendo. A indústria não consegue mais inovar sozinha, dentro de seu ecossistema verticalizado. Algumas empresas não estão conseguindo nem mesmo sobreviver. Estão estáticas, como que em pânico. E para inovar, e portanto se encaixar nesse mundo novo, onde todos pensamos em prol de um bem maior, do todo, as corporações começam a criar conexões inteligentes e se integrar na lógica do progresso compartilhado.

Quando as organizações, seus líderes e colaboradores compreendem que, com a troca de ideias e ideais, têm a oportunidade de avançar rapidamente nos processos e construir produtos e serviços muito mais relevantes e em sintonia com o que o mercado espera, a sociedade sai ganhando.

Afinal, nesse nosso mundo cada vez mais interligado, onde as consequências de um problema ou de uma solução deixam de atingir apenas um número determinado de pessoas para repercutir em todos, sem distinção, sentimos na pele a necessidade de compartilhar experiências e transformá-las em algo palpável e efetivo para todo mundo.
Antes não se pensava no aquecimento global, no descarte do lixo ou no uso inteligente da água como se pensa hoje. Antes, isso era um problema distante. Hoje, esses dilemas são cada vez mais próximos e reais.

E não estou falando apenas de preocupações das empresas. Se até pouco tempo atrás éramos quase que “obrigados” a assistir ao que as redes abertas transmitiam no horário nobre, e por isso todo mundo falava sobre a mesma novela ou sobre a mesma gafe que o Sílvio Santos cometeu, agora podemos baixar uma minissérie inglesa que algum amigo recomendou ou assistir àquele documentário sobre formigas africanas no Netflix. Até podemos estar por fora da separação do fulano com a cicrana, que tudo bem! Porque percebemos que a diversidade de ideias favorece o debate, aumenta nossa capacidade de desenvolver conexões mais ricas, intensifica a troca de experiências.
Finalmente estamos vivendo um fenômeno de convergência evolutiva de ideias. Na geração de nossos pais e avós talvez não fosse possível (ou talvez eles achassem que não pudessem) protagonizar a melhora da nossa sociedade. Hoje, sabemos que somos nós que vamos determinar o futuro do planeta, para um bem maior. O seu problema é meu problema também. A sua solução também serve para mim. Devemos buscar o melhor para o coletivo, sabemos que a ajuda deve seguir um fluxo contínuo. Um precisa e o outro tem. Simples.

Os muros que separavam os processos criativos caíram. A tecnologia nos obrigou a repensar nosso dia a dia. Assim, o que antes era vertical, hoje está horizontal e pulverizado. Se antes tínhamos apenas alguns canais de comunicação, hoje eles são diversos e bastante distintos entre eles, e temos a mesma voz que as empresas, especialmente online. As possibilidades aumentaram. As coisas mudaram.

Acredito que essa transformação toda ajuda na diversidade de ideias e experiências. O mundo está caminhando para ser mais altruísta, mais colaborativo. E quem rapidamente perceber isso sairá na frente na luta por uma sociedade mais correta, mais humana, mais coletiva, mais sustentável e inteligente.
 

Erika Brandão é sócia-diretora da Link Content

Esta opinião foi originalmente publicada na edição1669, de 20 de julho de 2015, exclusivamente para assinantes, disponível nas versões impressa e para tablets de Meio & Mensagem. Nos tablets, para acessar a edição, basta baixar o aplicativo nos sistemas iOS ou Android.
 

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