Publicis mantém planos para o Brasil

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Publicis mantém planos para o Brasil

Maurice Lévy afirmou, em entrevista ao Valor, que as condições normais de suas operações no País serão mantidas esperando a melhora da situação econômica


13 de agosto de 2015 - 11h54

O Publicis Groupe não deve fazer ajustes em suas operações no Brasil. A afirmação de Maurice Lévy, CEO do Publicis, em entrevista ao jornal Valor durante sua participação em um evento da Nestlé, em Salzburgo, na Áustria, ressalta a visão do executivo de manter as condições normais das agências do grupo até que a situação econômica do País melhore. “O plano para o Brasil é ser agressivo para conquistar fatias de um mercado que encolhe”, diz Lévy.

Na visão do CEO da Publicis, quando há essa redução do mercado, o faturamento e a lucratividade também diminuem. “Ao apoiarmos o negócio, damos segurança a nossos clientes de que estamos no Brasil para ficar”, observa o executivo, que acredita em uma correção urgente dos casos de corrupção. “Não há tempo a perder. O ministro Joaquim Levy deve ter a coragem de ser mais audacioso nas reformas e a presidente Dilma, se ainda estiver lá, deve apoiá-lo. No ano que vem tem um acontecimento importante, os Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro. Se novamente acontecer casos de corrupção e atrasos será um fiasco”, comenta.

Questionado sobre o envolvimento de agências e empresas em casos de corrupção, Lévy reforçou que não se pode construir um grupo mundial com práticas contestáveis. “Não entramos neste tipo de coisa. Geralmente, são agências locais de publicidade que conhecem esse tipo de situação. Vemos na África, Turquia, Oriente Médio, Índia e China casos assim, decidimos não participar jamais disso e, por essa razão, nosso desenvolvimento é afetado”, explica.

Fusão com a Omnicom

Na entrevista, Lévy também falou sobre a tentativa de fusão com o grupo americano Omnicom. De acordo com o executivo, o que prejudicou o negócio está relacionado à confiança. "Queríamos fazer uma fusão de iguais, como discutido antes, e acabamos vendo depois que o parceiro não queria a mesma coisa. Fizemos então a bela aquisição da Sapient que nos leva ao mundo todo”. A Sapient, inclusive, foi um passo decisivo para a Publicis. “A próxima etapa será mudar nosso modo de funcionamento. Em breve vamos apresentar um novo conceito que alterará drasticamente a maneira como operamos”.

Foco no Brasil

Lévy esteve no Brasil em maio deste ano para apresentar oficialmente a DPZ&T, agência fruto da fusão entre a DPZ e a Taterka. “Quando compramos a DPZ, sabíamos que estávamos adquirindo um ícone, que agora estará combinado com a capacidade de produção e espírito dinâmico da Taterka”, comentou durante o evento. Na ocasião, Lévy reafirmou a expectativa de que o Brasil suba do atual 8º lugar entre os principais mercados do mundo para a holding para a 5ª posição nos próximos anos – de preferência até 2017, para quando está prevista a aposentadoria de Lévy, que terá, então, 75 anos.

 

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