Comunicação
Hungry Man e a evolução do mercado de produção
Chegada da produtora ao País há dez anos abriu período de maior intercâmbio de empresas e talentos
Hungry Man e a evolução do mercado de produção
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Isabella Lessa
31 de agosto de 2015 - 3h34
Desde que a marca Hungry Man desembarcou em solo brasileiro, há dez anos, o mercado local de produção mudou, e muito. Hoje entre as principais referências no ramo, a empresa, que também tem operações em Nova York, Los Angeles e Londres, enfrentou os desafios de operar em um mercado que, à época, parecia ser autossuficiente, recorda Alex Mehedff, sócio da produtora no Brasil ao lado de Bryan Buckley, Gualter Pupo e Carlão Busato. “Éramos uma produtora que veio do mercado internacional para trabalhar em um país difícil de se penetrar, onde as companhias globais vinham somente para usufruir de serviços. Para conseguir sobreviver, adotamos desde o início um pensamento de médio e longo prazos, que priorizava o critério na qualidade, e não no volume”, conta. A postura se reflete no enxuto time de diretores: além de Busato e Pupo, há João Caetano Feyer, Hernan Bargman, Paulo Diehl e Ricardo Mehedff.
Segundo Alex Mehedff, o escritório local herdou da sede norte-americana a cultura de se trabalhar com diretores estrangeiros. “A Hungry veio para trabalhar o mercado e abrir portas não somente para os talentos brasileiros, mas de fora. Isso criou outras possibilidades.” O intercâmbio entre os diretores da casa é algo que ocorre com frequência. “Nesse momento, um de nossos diretores está em Los Angeles trabalhando em um filme global”, afirma. No início do mês, Buckley, um dos sócios-fundadores da Hungry Man, dirigiu o comercial da Coca-Cola para a campanha do Revezamento da Tocha Olímpica, criada pela Ogilvy Brasil. Na visão de Mehedff, essa troca de talentos significa diversificação de olhares e saída da zona de conforto. “Pessoalmente, diria que a importação de talentos de fora foi o start que os diretores brasileiros precisavam para brigar por projetos internacionais. Isso estimula o mercado como um todo, havia uma estagnação do mercado em 2005 e, aos poucos, a criação brasileira, junto com os diretores, levantaram o mercado e este ano, em Cannes, diretores nacionais conquistaram o Grand Prix de Film”, elogia, referindo-se à “100”, criado pela F/Nazca S&S para a Leica, com direção da dupla Jones+Tino, da Stink.
A íntegra desta matéria está publicada na edição 1575, de 31 de agosto, exclusivamente para assinantes do Meio & Mensagem, disponível nas versões impressa e para tablets iOS e Android.
A TV Meio & Mensagem conversou com Alex Mehedff sobre as mudanças no mercado de produção no País. Confira:
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