ABTO quer recuperar doações de órgãos

Meio & Mensagem
25 de setembro de 2015 - 10h38

 No primeiro semestre de 2015, foi registrada uma diminuição na taxa de potenciais doadores de órgãos, de doadores efetivos e no número de transplantes de rim, fígado e pâncreas. Essa é a primeira queda nos últimos oito anos e um dos responsáveis é a taxa de negativa familiar – quando a família não dá autorização para cirurgias de transplantes.

O problema chamou a atenção da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) que, com uma ação criada pela Leo Burnett Tailor Made, quer diminuir a rejeição. A iniciativa consiste em uma imagem que pode ser postada nas redes sociais com marcação de familiares para que eles saibam que aquela pessoa deseja ser doadora. Algumas personalidades como Ana Maria Braga, Chiquinho Scarpa, Marcelo Tas, Rafael Cortez e Iris Steffanelli aderiram a causa.

Um levantamento da ABTO mostra que houve crescimento nas doações e transplantes em 2014: 7.898 órgãos, o que representa 3% a mais que em 2013. A taxa de doadores também subiu de 13,5 por milhão de pessoas para 14,2 por milhão. Mas a meta para 2014 era chegar a 15 por milhão, e em 2017, 20 por milhão. Na Espanha, considerado o país que mais registra transplantes, a taxa é de 37 por milhão.

Ocorre que o índice registrado em 2014 da "taxa de negativa familiar" foi de 46%, apenas 1% menor que em 2013. Em algumas regiões, o problema é maior: Em Goiás, por exemplo, a taxa salta para 82%. Já em Sergipe, para 78% e no Acre, 73%.