Bairro paulistano da Mooca é exemplo de tendência para 2017

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Bairro paulistano da Mooca é exemplo de tendência para 2017

Conheça o projeto de revitalização e outras macrotendências comportamentais


5 de janeiro de 2017 - 12h47

No início de cada ano, é comum surgirem tendências e previsões para os 12 meses seguintes. Neste cenário delicado e de busca por recorrências de padrões, como explicado em outra reportagem do Meio & Mensagem, a consultoria WGSN se destaca por realizar um trabalho global.

Há dois anos, a empresa lançou quatro macrotendências comportamentais para 2017. “Não quer dizer que a tendência vai acontecer a partir de 1º de janeiro de 2017 e acabar no final do ano. É sempre um movimento em ascensão, que acontece em várias regiões e que pode ter desdobramentos diversos”, explica Daniela Dantas, diretora de mindset da WGSN Latam. A consultoria também realiza panoramas semestrais a partir das macrotendências do ano. Para Daniela, algumas previsões se ajustam com o passar do tempo, enquanto outras seguem o previsto.

Sabina Deweik, pesquisadora de comportamento e cool hunter, acredita que a interpretação profissional das tendências, direcionada especificamente à situação do cliente, é fundamental. “Uma tendência pode ter estabilidade e duração tão grandes, a ponto de se tornar um paradigma – isso aconteceu com a sustentabilidade. Isso já demanda outro tipo de ação”. Além de destacar a importância de quem interpreta a tendência, ela chama a atenção para que se evite a homogeneização a partir do uso das mesmas previsões. “Se tudo for igual, qual será a inovação?”. Para ela, empresas inovadoras combinam as previsões gerais de tendências a metodologias customizadas, como cocriações e visitas à casa do consumidor, por exemplo.

Apesar de as consultorias de tendências ainda realizarem um trabalho importante para as marcas, “a tendência é não ter mais tendências num sentido imperativo, e muito menos seguir tendências”, afirma Fernando Bakos, professor de cool hunting da ESPM-Sul. Ele cita como sintomas disso a perda de sazonalidade na moda, sem a rigidez da divisão entre inverno e verão, e a maior liberdade de expressão das pessoas. “A Karol Conká quer ter o cabelo rosa e tem toda a liberdade para isso”, diz ele.

A seguir, Daniela Dantas comenta as quatro macrotendências previstas pela WGSN para 2017:

Fronteiras urbanas
Refere-se a uma diáspora criativa, em que criativos e inovadores deixam de migrar para grandes centros urbanos e buscam fixar-se em locais afastados e mesmo em seus locais de origem, transformando-os. “Isso ocorre devido ao alto custo dos grandes centros e também por esses espaços não serem mais compatíveis com as demandas dos criativos”, afirma Daniela. A criação passa a acontecer num entorno e com referências completamente diferentes. O Meio & Mensagem conheceu o projeto Distrito Mooca, que promove uma revitalização no bairro paulistano da Mooca é exemplo dessa tendência para a WGSN:

Pausa tecnológica

A novidade é que a tecnologia cada vez mais se integra à pausa, não sendo necessário desconectar-se para tal. A tecnologia e os recursos digitais são utilizados a favor de uma melhor qualidade de vida, como na forma de aplicativos para meditação, por exemplo.

Encontro de culturas

Apesar do crescimento de movimentos extremistas contrários à abertura de fronteiras, a WGSN acredita que a internet continuará a promover uma maior conexão e encontro de culturas. “É como se as pessoas transportassem o mindset de viajante para o seu cotidiano”, explica Daniela. As pessoas passam a buscar novidades e experiências autênticas perto de onde vivem, como frequentar uma festa ou restaurante de outra cultura.

Onda digital

Essa tendência manifesta-se sobretudo entre os nascidos a partir de 1995, a chamada geração Z. Em meio à intensa exposição digital e à grande desconfiança do que se vê na internet, essa geração passa a adotar e conduzir mudanças, em geral a favor de uma cultura de maior tolerância e transparência. Um exemplo seria o fortalecimento de ferramentas que bloqueiam a publicidade, como o aplicativo “No Ad”, que substitui a publicidade em metrôs por obras de arte.

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