Operadoras lideram ligações spam no Brasil

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Operadoras lideram ligações spam no Brasil

Brasil é o segundo país que mais recebe este tipo de ligação no mundo. Cada brasileiro recebe cerca de 20,7 ligações do gênero por mês


17 de julho de 2017 - 14h21

O Brasil é o segundo país que mais recebe ligações spam no mundo, ficando junto aos Estados Unidos e  atrás apenas da Índia. As operadoras de telefonia lideram o ranking, com 33% dos chamados, seguidas de coletores de dívidas (24%) e chamadas inoportunas (21%). O telemarketing contabiliza 12% das ligações, enquanto os serviços financeiros somam 10% dos chamados. O brasileiro recebe, em média, 20,7 ligações spam, no mês.

Os dados são do estudo “Truecaller Insights: Top 20 de Países Afetados por Chamadas Spam em 2017”, divulgado na semana passada pelo aplicativo Truecaller.

Foto: Reprodução

De acordo com Kim Fai Kok, diretor de comunicações da Truecaller, a popularidade de smartphones gera uma série de oportunidades para spammers, mas marcas devem tomar cuidado para não causar uma experiência ruim ao consumidor.

“Às vezes, chamadas de empresas podem ter boa intenção, e elas podem ser percebidas de forma diferente de pessoa para pessoa. O importante é que os clientes devem ter uma escolha e algo a dizer neste processo. Eles devem ser capazes de escolher se querem receber essas chamadas ou não. Sempre deve haver uma maneira para que eles possam optar por sair da lista de ofertas promocionais”, aponta Kim.

As ligações spam têm maior volume em países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos, conforme aponta o estudo. Chile, México, África do Sul, Peru e Nigéria também figuram entre os 10 países que mais recebem este tipo de chamada, e os hábitos de comunicação desses países ajudam a explicar este fenômeno.

“As chamadas telefônicas são hábitos culturais muito fortes nesses mercados. Para lhe dar um exemplo: a Índia é um mercado culturalmente único, com hábitos de telefonar interessantes. Chamar alguém, por exemplo, depois das oito horas da noite é normal, mas num mercado como a Suécia, isso pode não ser bem recebido”, explica Kim Fai Kok.

No estado de São Paulo, desde abril de 2009, é possível cadastrar o telefone (fixo ou móvel) para não receber ligações telefônicas de ofertas de produtos e serviços. O cadastro é feito no site do Procon e, após 30 dias, o usuário só pode receber chamadas de entidades filantrópicas, empresas de cobrança ou as que tenham sua autorização por escrito. Aquelas que desrespeitarem a Lei 13.226/08, de Bloqueio do Recebimento de Ligações de Telemarketing, podem ter de pagar multa.

Contudo, muitas companhias não seguem essa orientação. “Apesar das boas iniciativas do governo brasileiro de tornar a legislação mais dura para operadores de telemarketing ligarem aos clientes, os criminosos continuam encontrando maneiras de contornar isso trocando números ou usando uma nova tecnologia: como chamadas automatizadas”, diz o diretor.

Os dados da pesquisa foram agregados anonimamente a partir de chamadas recebidas e marcadas como spam pelos usuários – ou sinalizadas automaticamente pelo Truecaller –, entre 1º de janeiro e 31 de maio de 2017. Durante esse período, os usuários receberam mais de 5,5 bilhões chamadas de spam. O aplicativo, que oferece identificador de chamadas mesmo se o usuário não tiver o número armazenado, tem cerca de 250 milhões de usuários ao redor do mundo.

 

 

 

 

 

 

 

 

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