Para Itaú, livros são elos de conexão com a sociedade

Bárbara Sacchitiello
5 de setembro de 2017 - 17h54

Em 2010, embora comunicasse seus produtos e serviços financeiros ao público por meio de campanhas publicitárias, o Itaú julgou que era preciso se encontrar uma maneira de estar mais próximo do cotidiano das pessoas. Nesse ano, pela primeira vez, o banco começou a falar da importância da leitura e da educação, dando início ao projeto Leia Para uma Criança.

Sete anos depois, o projeto do banco planeja alcançar a marca de 50 milhões de livros distribuídos gratuitamente. Para isso, na campanha de 2017, o Itaú decidiu apostar em novo formato para divulgar a causa de forma mais embasada. Na semana passada, os canais do banco nas redes sociais começaram a exibir o documentário “Para Gostar de Ler”, que conta com a participação de professores, especialistas, médicos e educadores para mostrar o quanto a leitura na primeira infância é importante para o desenvolvimento das crianças.

Em entrevista ao Meio & Mensagem, o superintendente de marketing institucional do Itaú, Eduardo Tracanella, contou sobre a origem do produto e explicou porque o banco, junto com sua agência de publicidade (a DPZ&T) acharam importante trazer um embasamento teórico para a questão da leitura. Veja os principais tópicos.

Criação do projeto
“Foi um projeto concebido, desde o início, para trazer ao banco um propósito que fosse mais acionável pela sociedade e que fizesse com que o Itaú se inserisse no cotidiano das pessoas. Só acreditamos que o País mudará para melhor quando as pessoas tiverem uma educação de qualidade. E por isso, o “Leia Para uma Criança” foi criado com a proposta de aterrissar a mensagem do banco perto das pessoas.”

Além da publicidade
“Sempre acreditamos na importância de criar um círculo virtuoso em torno das causas que o banco apoia. O primeiro passo foi despertar a atenção e a importância de ler uma criança. Depois, o passo seguinte é mostrar porque isso é importante. Nos últimos anos, a publicidade foi essencial para que as pessoas conhecessem o “Leia Para Uma Criança”, já que a campanha sempre foi divulgada por comerciais lúdicos, que remetem ao universo infantil. Mas também, notamos que era importante mostrar que o projeto não é apenas uma ação publicitária. Nesse contexto, surgiu a ideia do documentário.”

Vídeo e depoimentos
“A ideia do documentário veio da necessidade de dar mais informação. Já que tínhamos a exposição publicitária da campanha, faltava o complemento de uma análise mais técnica da questão. O documentário se encaixa, então, nessa estratégia, que é a de explicar à população, por meio das falas de educadores e especialistas, sobre a importância do incentivo à leitura e como ela colabora com a formação da imaginação e do intelectual das crianças. O documentário tem uma hora de duração e mostra como a leitura impacta o cotidiano de famílias brasileiras de diferentes regiões e classes sociais”

Parcerias
“Um projeto desse tipo precisa ser feito com muitas mãos. A DPZ&T, que sempre foi a agência parceira do ‘Leia Para Uma Criança’, desenvolveu o pensamento estratégico do documentário e são sócias na causa. Eles tiveram a missão de criar uma ponte entre o conteúdo e a história do banco. E a Pródigo, que já havia trabalho nas campanhas anteriores do projeto, entrou como parceira de produção.”

Ciclo de Leitura
“Pela primeira vez, criamos uma etapa adicional na campanha para incentivar um movimento de troca de livros. Assim que a leva de exemplares deste ano for distribuída, avisaremos às pessoas que os livros acabaram e falaremos sobre a importância de passar o material adiante. Um livro parado na prateleira não ajuda o movimento. Enviaremos embalagens próprias para que as pessoas enviem, pelo Correio, aquele material a outras famílias, passando, assim, o hábito da leitura adiante.”

Confira o documentário: