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Cinco tendências globais para alimentos e bebidas

Estudo da inglesa Mintel resume os rumos que o setor deverá tomar em 2018


17 de janeiro de 2018 - 15h29

Tecnologia deve transformar produção, levando-a de fazendas e fábricas aos laboratórios (Crédito: SXC/ Freeimages)

Uma das principais empresas em inteligência de mercado e consultoria, a Mintel divulgou nesta quarta-feira, 17, os resultados de um estudo que procurou detectar quais são as principais tendências para o setor de alimento e bebidas, com base, inclusive, no que o consumidor espera dos players desses segmentos e naquilo que ele não quer mais engolir.

Em resumo, a análise aponta que as empresas terão de se ocupar muito mais com a questão da transparência sobre o que vendem, fornecer produtos que deem “conforto” a um consumidor que valoriza diferentes texturas, sensações e personalização. Outro movimento deverá ser o crescimento dos alimentos produzidos cientificamente em laboratório (alguém lembra do hambúrguer sem carne, que tem envolvimento até de empresas como o Google?).

“Em 2018, a Mintel prevê oportunidades para fabricantes e varejistas que ajudarão os consumidores a recuperar a confiança em alimentos e bebidas e a aliviar o estresse através de dietas balanceadas e também por experiências memoráveis do que comem ou bebem. Há também um novo grande capítulo a despontar pelo qual a tecnologia irá ajudar as marcas e varejistas a desenvolverem conexões mais personalizadas com compradores, enquanto empresas modernas estão usando projetos científicos para criar uma nova e emocionante geração de alimentos e bebidas sustentáveis”, afirma Jenny Zegler, Especialista Global de Alimentos e Bebidas da Mintel.

Veja a seguir, as tendências para o setor em 2018, definidas por Jenny:

 

Transparência Total

A desconfiança generalizada exerce pressão sobre os fabricantes para que ofereçam informações detalhadas e honestas sobre como, onde e quando alimentos e bebidas são cultivados, colhidos, feitos e vendidos. A necessidade de garantir a segurança e a confiabilidade de alimentos e bebidas levou ao aumento do uso de posicionamentos naturais, éticos e ambientais em uma escala global. Além de detalhes mais específicos, a próxima onda de rótulos limpos desafiará fabricantes e varejistas a democratizar a transparência e a rastreabilidade para que os produtos sejam acessíveis a todos os consumidores, independentemente da renda familiar.

 

Práticas de Autorrealização

O ritmo frenético da vida moderna, conectividade constante, desconfiança e atitude controversa na política e nos meios de comunicação fizeram com que muitos consumidores buscassem maneiras de escapar da negatividade em suas vidas. Pessoas que se sentem sobrecarregadas concentram-se no “autocuidado”, priorizando o tempo e os esforços dedicados a si mesmas. Definições individuais de autocuidado e equilíbrio farão com que uma grande variedade de formatos, formulações e porções de alimentos e bebidas sejam produzidos. Esses produtos devem oferecer soluções e tratamentos que possam ser incorporados em definições customizadas e flexíveis de saúde e bem-estar. Mais consumidores estarão à procura de ingredientes, produtos e combinações de alimentos e bebidas que proporcionem benefícios nutricionais, físicos ou emocionais.

 

Novas sensações

Em 2018, o som, a sensação e a satisfação fornecidos pela textura se tornarão mais importantes para empresas e consumidores de alimentos e bebidas. A textura é a próxima característica da formulação que pode receber investimento para proporcionar aos consumidores experiências interativas e que possam ser documentadas. A busca de experiências proporcionará oportunidades para alimentos e bebidas multissensoriais que usem textura diferenciada, oferecendo aos consumidores  –  especialmente aos adolescentes e jovens adultos da iGeneration  –  conexões tangíveis ao mundo real, assim como momentos para compartilhar pessoalmente ou online.

 

Tratamento preferencial

Como a tecnologia nos ajuda comprar de forma mais fácil, surge uma nova onda de promoções e produtos específicos. Motivados pelo potencial de economizar tempo e dinheiro, os consumidores experimentam uma variedade de canais e tecnologias ao adquirirem alimentos e bebidas, como entrega em domicílio, serviços de assinatura e reposição automática. Indústrias e varejistas podem aproveitar a tecnologia, estabelecendo novos níveis de eficiência, como recomendações personalizadas, combinações que cruzam diferentes categorias e soluções criativas que economizem tempo, esforço e energia do consumidor. Existem oportunidades para as empresas atraírem os consumidores através da criação de produtos, sugerindo combinações de itens e outras opções em diferentes categorias de consumo que tornam as compras mais eficientes e acessíveis para os clientes.

 

Feira de ciências

Uma revolução tecnológica está influenciando a fabricação de produtos. Algumas empresas visionárias estão desenvolvendo soluções que podem substituir fazendas e fábricas tradicionais pela produção científica de ingredientes e produtos acabados em laboratórios. Em 2018, a tecnologia começará a desfazer a cadeia tradicional de alimentos. Enquanto alimentos e bebidas sintéticos e de laboratório começam a surgir, a tecnologia poderia acelerar esse processo. Assim, cresceria o consumo por alimentos e bebidas criados cientificamente, indo além dos compradores preocupados com o meio ambiente, mas alcançando também aqueles focados na consistência, eficácia e pureza dos ingredientes.

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