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Renault entra em cena com teatro da T4F

Montadora francesa substitui a Abril no nome de um dos teatros mais importantes da cidade de São Paulo


1 de outubro de 2012 - 3h05

O Teatro Abril, ícone da cultura paulistana, passa a se chamar Teatro Renault a partir do próximo dia 1º de novembro. A mudança é resultado de um contrato de naming rights assinado entre a Time For Fun  e a marca de carros francesa – hoje a quinta maior montadora do Brasil, com aproximadamente 7% de market share.

Mantidas nos bastidores da negociação, as cifras que cercam o acordo não foram reveladas por Fernando Alterio, presidente da T4F, nem por Olivier Murguet, presidente da Renault, que na manhã desta segunda-feira 1º de outubro oficializaram a parceria válida por cinco anos e renovável por outros cinco.

O primeiro espetáculo encampado pela Renault será “O Rei Leão”, que estreia em março de 2013, após acumular uma plateia de mais de 65 milhões de pessoas em todo o mundo. “Uma parte do valor do naming right acordado com a Abril era permuta de mídia. Percebemos que havia a oportunidade de receber a totalidade do valor em dinheiro, daí a busca por uma parceria mais alinhada às nossas expectativas atuais”, explica Alterio, ressaltando os excelentes resultados acumulados ao longo de mais de dez anos de convívio com a Abril. “Foi uma decisão conjunta”, acrescenta Alterio.

O motivo da Renault
A Renault vive o melhor momento desde a sua chegada ao Brasil, há 14 anos. No último mês de agosto, alcançou uma participação de 6,88% no mercado automotivo, o equivalente a uma alta de 41% nas vendas desde janeiro, puxada principalmente pelo sucesso do modelo Sandero. A montadora, que no início de sua história no País priorizou a venda de carros com design europeu, agora oferece uma gama de produtos ao gosto do brasileiro.

O presidente da Renault, Olivier Murguet, cita os modelos Duster, Logan e Fluence como o novo florão da montadora, que investirá R$ 500 milhões para aumentar em 30% a sua capacidade de produção e de vendas nos próximos quatro anos – percentual similar ao aumento da verba de marketing da empresa de 2010 para 2011.

“Queremos aproximar a marca cada vez mais do brasileiro e crescer mais rápido do que o próprio mercado”, frisa Murguet. Além dos investimentos na mídia tradicional e na internet, a Renault promete intensificar as manifestações capazes de “tocar as pessoas uma a uma”, de acordo com Murguet, que encontrou no mercado de entretenimento e cultura o pilar ideal para provar ao consumidor que a Renault é uma marca cada vez mais brasileira.

Mercado aquecido
O anúncio da Time For Fun e da Renault chega no mesmo momento em que a XYZ assume a operação do Teatro Procópio Ferreira, também em São Paulo, igualmente com a previsão de captar um contrato de naming right, além de uma reforma completa para aumentar a capacidade do local.

A Geo também passa a ter um teatro próprio, o Teatro Geo, sem contar a IMX, de Eike Batista, que acaba de formar uma joint-venture com o Cirque du Soleil na América do Sul, acirrando a disputa com a própria Time For Fun, que ainda tem um contrato assinado com a trupe circense até 2014. “Pelos próximos dois anos não muda nada”, afirma Fernando Alterio. Ele lembra que a Time For Fun terá dois anos para buscar uma nova atração que compense uma eventual perda da ordem de 10% na receita da empresa.

História
O agora Teatro Renault foi inaugurado em 1929 na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, região central de São Paulo, como cineteatro Paramount. Seu ápice aconteceu nos anos 1960, combinando estrelas internacionais, como Nat King Cole, Louis Armstrong e Maurice Chevalier, aos nomes que construíram a música popular brasileira, como Tom Jobim, Elizete Cardoso e Aguinaldo Rayol, sem contar os “brotos” da Jovem Guarda, como Roberto e Erasmo Carlos, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, entre outros.

Depois de um incêndio, em 1969, o teatro foi restaurado e no início dos anos 2000 passou a se chamar Teatro Abril, integrando uma lista mundial de teatros nomeados por marcas de renome, a exemplo do teatro de Hollywood, palco do Oscar, a premiação mais badalada do cinema mundial, que em maio de 2011 passou a se chamar Dolby Theater e não mais Kodak Theater. A mudança, anunciada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, é resultado de um contrato de naming rights assinado entre a imobiliária CIM Group, proprietária do Hollywood & Highland Center, e a empresa americana especializada em sistemas de áudio.

A saída da Kodak foi provocada pela complexa situação financeira da marca reconhecida como ícone da fotografia mundial. Em fevereiro do ano passado, a empresa anunciou concordata e foi aos tribunais para encerrar o contrato avaliado em US$ 75 milhõese que seria válido até 2020.

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