Opinião: Facebook, Nielsen e o estilingue

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Opinião: Facebook, Nielsen e o estilingue

As empresas estão fazendo uma parceria para divulgar métricas que todos possam compreender. Assim, pode-se usar conceitos conhecidos para chegarmos ao futuro com mais velocidade, mais força e, se a mira for boa, mais precisão


4 de novembro de 2014 - 10h20

Na semana passada, recebi uma notícia que me emocionou (é sério): o Facebook fez uma parceria com a Nielsen para apurar e divulgar métricas do mundo digital, que você, eu e as principais torcidas do mundo poderemos, finalmente, compreender e usar. Tipo GRP e TRP.

Assim, com a possibilidade real de criar um repertório comum entre marcas, agências e veículos para fazer análises confiáveis, úteis e comparáveis, nossas chances de tomar melhores decisões todos os dias aumenta, e muito. Por isso, a emoção.

Porque fazer uma transição épica de modelo, como a que estamos fazendo, já é difícil, e fica quase impossível com uma bússola que ninguém sabe direito como usar.

E usar conceitos conhecidos só ajuda. Estou tentando me lembrar de uma analogia que usa a imagem de um estilingue para explicar que quanto mais você vai para trás, mais impulso e força terá para mover-se à frente.

A analogia, em si, fica muito mais interessante quando bem contada, mas o conceito básico é esse, e se prova no desenvolvimento humano, científico, artístico, literário… Entender a cultura de um povo, por exemplo, fica mais fácil quando você pensa sobre os caminhos percorridos desde a sua origem até os tempos atuais.

Agora, imagine reunir humanos para povoar um planeta novo com a condição de que todos tivessem de aprender um novo idioma. Quanto tempo iria levar para que se atingisse um grau mínimo de entendimento? Mesmo os nascidos no novo planeta teriam dificuldade, já que dependeriam dos imigrantes, a quem a língua não seria nativa, para aprender.

Neologismo já é diferente: novos contextos produzem novas palavras, que se combinam com as já existentes para enriquecer um idioma com significados contemporâneos… pense, por exemplo, na palavra “selfie”.

Enfim, olhar para trás não é perda de tempo. É usar o passado como estilingue para chegar ao futuro com mais velocidade, mais força e, se sua mira for boa, mais precisão.

Não se trata de usar métodos antigos para solucionar novos problemas, mas de usar o que já aprendemos até hoje para acelerar nossos próximos passos.

¿Que te parece?

 

 

* Paula Nader é diretora de marca e marketing do Santander e escreve para o Meio & Mensagem mensalmente. Este artigo está publicado na edição 1634, de 3 de novembro de 2014, disponível nas versões impressa ou para tablets Apple e Android.
 

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