Sem patrocínio, Onças fazem vaquinha

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Sem patrocínio, Onças fazem vaquinha

Seleção brasileira de futebol americano precisa de R$ 90 mil para disputar jogo que vale vaga para Copa do Mundo de 2015


23 de janeiro de 2015 - 1h42

Embora não seja uma modalidade muito popular no Brasil, o futebol americano já conquistou um espaço na mídia e na preferência de milhares de torcedores que acompanham, principalmente, o Super Bowl, grande final da NFL, liga dos Estados Unidos que é transmitida pela ESPN no País desde 1992. A seleção brasileira de futebol americano, no entanto, ainda está bem distante dos holofotes.

Os Onças, como são conhecidos, estão a apenas uma vitória de conseguir a inédita classificação para a Copa do Mundo da modalidade, que neste ano, em sua quinta edição, será disputada nos Estados Unidos. Mas antes de tentar vencer o Panamá, na casa do adversário, em jogo marcado para 31 de janeiro, o Brasil tenta arrecadar R$ 90 mil para cobrir os custos da viagem. A delegação conta com 45 atletas, oito membros da comissão técnica e dois diretores.

Sem patrocínio, a Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA) criou uma vaquinha na internet, chamada Missão Panamá. “Independentemente do que captarmos, vamos. Já estão todos com a passagem comprada, mas cada um teve que arcar com suas passagens”, afirma Flávio Cardia, presidente da CBFA. A viagem está marcada para o dia 29 de janeiro e o que for arrecadado depois disso será repassado aos jogadores e comissão técnica.

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A entidade tem há quatro meses uma empresa responsável pelo marketing e captação de patrocínio, a BFV Consultoria, mas nenhum contrato foi fechado até o momento. Segundo Cardia, o trabalho no período foi prejudicado com a mudança da sede do Mundial, que seria em Estocolmo, na Suécia, e agora será em Canton, cidade onde fica o Hall da Fama do futebol americano, no estado de Ohio.

“Ficamos quase um mês parados por causa da mudança da sede, o que poderia ter acabado com essa vaga em disputa para a Copa, mas a vaga foi mantida”, conta. Se conquistar a classificação, a seleção terá ainda que correr em busca de dinheiro para cobrir os custos da Copa (taxa de inscrição e as passagens).

NFL em alta
Enquanto a seleção segue sua saga, a atenção do fã do esporte tem impulsionado o desempenho dos canais ESPN com as transmissões da NFL. Na temporada 2014/2015, a emissora negociou sete cotas de patrocínio (Applebee’s, Conti Bier, Unilever/Axe, P&G/Head&Shoulders, Mitsubishi, Novartis e Diageo) e ainda pretende fechar cotas especiais para o Super Bowl, marcado para 1º de fevereiro. A receita do canal com as cotas de patrocínio das temporadas 2013/2014 e 2014/2015, somadas, foi 25 vezes superior a da temporada 2012/2013.

A audiência, segundo o canal, está em crescimento. Durante a exibição dos playoffs, até as finais de conferência disputadas no domingo 18, o canal impactou mais de 700 mil pessoas, levando em consideração o público da TV paga, alta de 22%. Já o Average Time Spent (ATS, tempo de permanência no canal, na sigla em inglês) teve um aumento de 13 minutos.

A expectativa em torno da audiência do Super Bowl é grande. Em três anos, esse número crescer 800%. Em 2011, o evento teve audiência considerada baixa (0,03%) e nem mesmo se posicionou entre os 15 eventos mais assistidos dos canais ESPN. Já em 2013 e 2014, a ESPN foi líder de audiência no horário de transmissão, segundo informações do canal. Durante a exibição da edição de 2014, a audiência foi mais de 10 vezes superior à média do canal (que é de 0,67%) e teve picos superiores a um ponto de audiência.

Ao final da temporada 2014-15, a ESPN terá exibido 114 jogos. Em agosto do ano passado o canal anunciou a ampliação dos direitos de transmissão da NFL no Brasil, com exclusividade na TV fechada, até a temporada 2016, o que inclui a transmissão de jogos em dispositivos móveis no WatchESPN.

Onça em números.
Ao longo da sua história, a seleção jogou quatro amistosos (fará o quinto dia 25 de janeiro em Recife, contra um combinado de jogadores do Nordeste) e ganhou três. A derrota foi no primeiro confronto contra o Uruguai, em uma época em que o time nem jogava equipado. A partida contra o Panamá será o primeiro jogo oficial IFAF, federação internacional da modalidade, do Brasil. O País possui mais de 100 times equipados e cerca de seis mil jogadores.

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