O avanço da Apple no mercado da China

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O avanço da Apple no mercado da China

Empresa abrirá cinco lojas em cinco semanas até o Ano Novo Chinês, dia 19 de fevereiro, e pretende passar de 16 para 40 PDVs até o meio de 2016


3 de fevereiro de 2015 - 11h47

(*) Por Angela Doland, do Advertising Age

A Apple está em fase de expansão na China: a empresa abrirá cinco lojas até a quinta-feira 19 de fevereiro, quando será comemorado o Ano Novo Chinês, principal feriado do país asiático.

Embora tenha parecido por um tempo que os iPhones estavam fora de moda na China agora que fabricantes nacionais estão desenvolvendo smartphones e equipamentos eletrônicos de alta qualidade, os últimos resultados divulgados pela empresa provaram o contrário. No último trimestre a receita da Apple na China, Hong Kong e Taiwan cresceu 70%, principalmente em função das vendas do iPhone 6.

A Apple superou todas as demais marcas de smartphone na China no quarto trimestre do ano passado, de acordo com a empresa de pesquisas Canalys. A Apple também foi apontada como a melhor marca de luxo para se presentear em um levantamento do Hurun Research Institute.

Com a China tendo papel tão central para o futuro da Apple, a companhia sediada na Califórnia dá sinais de estar fazendo esforços especiais para enviar as mensagens certas para os consumidores chineses.

O mais recente vídeo postado no website chinês da Apple sobre o ano novo é um exemplo. O comercial é sobre uma garota que usa os produtos da empresa para gravar uma música que leva sua avó de volta ao tempo da juventude. A produção é repleta de referências locais como móveis antigos e lampiões tradicionais. Veja aqui.

Se o vídeo parece familiar é porque ele é uma versão da produção veiculada nos Estados Unidos em dezembro (veja abaixo) que alcançou mais de 3,3 milhões de visualizações. Quando se trata de Ano Novo Chinês e Natal, os anunciantes usam as mesmas referências nos anúncios: famílias, ambientes acolhedores e trocas de presentes.

 

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A companhia também está fazendo um grande esforço nas aberturas das lojas enquanto expande sua presença geográfica no gigante asiático. Angela Ahrendts, vice-presidente sênior de varejo e lojas online da Apple, disse a agência de notícias Xinhua que quatro das cinco novas lojas serão em cidades que a empresa ainda não está presente. De acordo com o site da empresa, existem 16 lojas abertas atualmente. A meta é chegar a 40 até a metade do próximo ano.

As duas inaugurações mais recentes foram nas cidades de Chongqing e Hangzhou. Antes da abertura, para cobrir a obra, a Apple embrulhou as lojas com um toque de arte local. Em Hangzhou, a Apple contratou o calígrafo Wang Dongling para cobrir a imensa fachada com um poema sobre o famoso lago da cidade. Já em Chongqing, em um trabalho colaborativo, o fotógrafo Navid Baraty tirou fotos de cenas do cotidiano da cidade e o artista local Yangyang Pan pintou sobre elas. Depois, o mural foi colocado em torno da loja. Veja os vídeos abaixo.

Até há alguns anos, muitos chineses não sentiam orgulho de marcas locais, mas isso está mudando, aponta Louis Houdart, fundador e sócio-gerente da Creative Capital Shanghai, boutique de branding.

As marcas chinesas de eletrônicos estão pondo fim a sua reputação de baixa qualidade. Na categoria de smartphones, a Xiaomi é atualmente a número três do mundo.

“Mais e mais consumidores locais estão descobrindo que a China possui grandes marcas. Se associar a artistas chineses contemporâneos é um caminho para mostrar aos consumidores que a Apple é uma marca global e não americana”, diz Houdart.

Tradução: Fernando Murad 

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