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EUA: profissionais de marketing estão em alta

O site Careerbuilder encontrou uma demanda que supera a oferta para executivos com diploma em marketing


5 de abril de 2015 - 10h29

Por Jack Neff, do Advertising Age

Esqueça os desenvolvedores de softwares, enfermeiras e fisioterapeutas. O posto de trabalho mais procurado por empregadores nos Estados Unidos – pelo menos para pessoas com ensino superior – é executivo de marketing, de acordo com o site de procura de empregos Careerbuilder.

Pode parecer difícil de acreditar. O mercado de marketing tem sido constante motivo de piadas nos shows de comédia, os consumidores tentam de qualquer maneira evitar propagandas e tudo mais que vêm com essas “coisas”. Porém, alguém continua a amar os marqueteiros: os empregadores não conseguem ficar sem eles.

O site Careerbuilder, em parceria com a Economic Modeling Specialistas Internacional, encontrou uma média de 34.600 vagas mensais para executivos de marketing, mas só 11.600 foram preenchidas. O gap de 23 mil postos foi maior que qualquer outra profissão que requer diploma de ensino superior (motoristas de caminhão ficaram em primeiro no ranking geral). O EMSI constatou que as vagas para essa posição cresceram cerca de 10% desde 2010, com uma média de salário de US$ 119 mil por ano.

A onda continua, apesar dos grandes cortes feitos por algumas das maiores empresas de propaganda. A Procter & Gamble sozinha cortou, desde 2012, 22% dos trabalhadores que não trabalhavam na fábrica, entre eles profissionais de marketing. A Unilever também vem diminuindo a equipe de marketing desde 2009 – mais significantemente a partir do ano passado.

Teoricamente, os profissionais que saem dessas empresas não deveriam ter problema para se recolocar no mercado, mas recrutadores dizem que a realidade é muito mais difícil. Uma razão para a diferença entre vagas anunciadas e contratações seria a dificuldade dos empregadores em achar o que eles procuram.

“Existe uma demanda grande” para profissionais de marketing, disse Carlos Cata, sócio-diretor da empresa de recrutamento CT Partners, “mas depende do segmento.” A procura tem sido elevada em serviços financeiros, seguradoras de saúde, tecnologia e retail e e-commerce. Ano passado a CT Partners fez uma análise na qual mostrou que a substituição de profissionais de marketing, por outros profissionais do mercado, subiu entre 18% e 25%, de acordo com Cata. Mas os salários são seletivos.

“Os profissionais que estão conseguindo as vagas são aqueles que mostram entendimento de plataformas tecnológicas e habilidade para trazer novas soluções”, disse. “O profissional que trabalha com mídias tradicionais não está achando espaço.”
Entender e manipular analytics e data, mesmo em posições gerais de marketing, estão se tornando diferenciais, segundo Cata. A crescente demanda por consumo de data em praticamente todos os campos tudo, desde veículos até os wearables, continuará impulsionando esse mercado.

O recrutador baseado em Cincinnati, David Wiser, aponta que o mercado melhor ano passado. Contudo, ele não tem certeza quantas vagas são realmente preenchidas por postagens online, quando se tem o Linkedin e os recrutadores. Ele ainda disse que por mais que ter trabalhado em empresas conhecidas como P&G, Kraft e Pepsico ainda façam diferença, não é mais o suficiente.

“Ao menos que você tenha encontrado um jeito de expandir” dentro de outros mercados, candidatos de empresas tradicionais geralmente precisam de um outro emprego com mais CRM ou experiência digital para serem contratados por outros locais, disse.

Ainda assim, tecnologia, e-commerce e mídias digitais andam procurando profissionais de CPG (Consumer Packaged Goods). O Pinterest nomeou o diretor de cuidados pessoais da Unilever como chefe de marketing, ano passado. A Samsung Mobile USA contratou o responsável pelo marketing da P&G para ser VP de marketing e operações. Já a Amazon levou o diretor da P&G Sunny Jain para comandar o mercado de bens de consumo.

Um profissional de CPG que tenha experiência em e-commerce é um bem valioso no mercado atualmente, de acordo com Cata. Bem ao ponto: Adam Weber, antigo profissional da P&G que, depois de uma parada na Gilt, se tornou VP em marketing de consumo na Dollar Shave Club em 2013 e ajudou a marca e crescer muito rápido por meio de anúncios no Facebook.

Tradução Mariana Stocco

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