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O céu é o limite para Medina e as marcas?

Surfista brasileiro já é um dos esportistas com maior número de patrocinadores no País. Mas qual o seu verdadeiro potencial para romper os limites do universo das ondas?


6 de abril de 2015 - 2h00

A publicação britânica SportsPro, especializada em negócios do esporte, divulga anualmente uma lista global dos 50 atletas com maior potencial para ações de marketing. Em 2014, o brasileiro Gabriel Medina foi o 43º colocado da lista. Mas isso foi antes de sagrar-se campeão do mundo de surfe – título que ele já comecou a defender, na Austrália, onde é realizada, até 11 de março, a primeira etapa do circuito mundial de 2015.

Para saber o quanto a imagem de Medina foi valorizada pelo triunfo e qual o seu verdadeiro potencial para transcender o universe do surfe e se tornar um dos esportistas mais requisitados para ser o embaixador e garaoto-propaganda de grandes marcas globais, Meio & Mensagem entrevisou Michael Long, editor digital do SportsPro.

Meio & Mensagem: Como a imagem do Medina melhorou desde que ele saiu no ranking dos atletas com maior potencial de marketing para as marcas em 2014? É possível medir o quanto de valor ele acrescentou para sua própria marca? 

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Michael Long: A imagem do Medina cresceu muito desde ranqueamos ele na 43ª posição na nossa lista dos 50 atletas mais “vendáveis” no ano passado. Primeiramente, por meio da grande cobertura de mídia que acompanha seu sucesso esportivo. No caminho de ganhar o título mundial de surfe e se tornar o primeiro campeão brasileiro do esporte em todos os tempos, a história dele foi amplamente noticiada em inúmeros veículos internacionais, como a revista GQ e o jornal New York Times, tornando-o muito mais conhecido fora do seu país de origem.  Por mais que o Medina tenha sido acompanhado por diversos fãs de surfe desde que ele chegou no cenário internacional em 2011, pela primeira vez em sua carreira ela está fazendo seu próprio nome fora do universo surfe. É difícil quantificar quanto de valor ele adicionou à sua marca pessoal no ano passado, mas não há como negar que a conquista do título mundial certamente ajudou a aumentar sua popularidade e, consequentemente, seu apelo junto a patrocinadores.

M&M: Ele tem os atributos necessários para ser a nova cara do surfe mundial? Quão importante é para o esporte ter um campeão jovem, considerando o apelo do surfe, como plataforma, para marcas?

Long: Ele claramente tem as credenciais necessárias para se tornar a nova face global do surfe. Fora dos países que tradicionalmente dominam o esporte, como Austrália, Estados Unidos e Havaí, o Brasil é de grande interesse para a entidade que realiza o circuito mundial, para a indústria e os fãs. A World Surf League, em particular, conhece muito bem a base de fãs que se encontra no país e constantemente promove as estrelas brasileiras, como o Medina. Ele marcou posicão como a próxima grande estrela das ondas ao superar a velha guarda do esporte, derrotando os maiores nomes da modalidade como Kelly Slater, Mick Fanning e Joel Parkinson. Esse tipo de narrativa certamente é atraente para qualquer empresa com ambições de se posicionar como uma desafiante às lideres, no mercado brasileiro ou em qualquer outro lugar do mundo.

M&M: Medina é patrocinado por marcas globais como Samsung, Gillette e Mitsubishi Motors. Essas marcas deveriam usá-lo como um embaixador global? Ele tem esse potencial?

Long: Pessoalmente, acho que pode demorar um tempo para o Medina ser reconhecido mundialmente, principalmente pelo surfe não ser um esporte popular, não ser um esporte olímpico. Gabriel com certeza tem potencial de fazer parte de campanhas globais, mas tem que continuar ganhando para transcender o surfe e atingir fãs de outros esportes. Kelly Slater talvez seja o único surfista conhecido por uma grande quantidade de fãs de outros esportes, mas ele é dos Estados Unidos, um lugar onde o mercado comercial é mais forte. Além disso, já ganhou 11 títulos mundiais e passou diversos anos dominando o esporte e trabalhando sua marca pessoal. Apesar de atuarem globalmente, as empresas citadas certamente contrataram Medina para explorar sua popularidade no Brasil. Não acho que eles tenham planos para usá-lo em propagandas globais – ao menos por enquanto.  

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