Amazon pede ajuda para Alibaba

Buscar
Publicidade

Marketing

Amazon pede ajuda para Alibaba

Companhia norte-americana quer aumentar seu alcance no mercado da gigante chinesa do comércio eletrônico


9 de abril de 2015 - 8h46

Por Angela Doland, do Advertising Age

 A Alibaba é  reconhecida como mestre do e-commerce na China. O que é surpreendente é que até a Amazon parece reconhecer também.

A Amazon tem seu próprio site de vendas online na China, mas acabou de abrir uma loja piloto na plataforma da Alibaba, a Tmall, onde tem apenas uma frente de vendas dentre várias que incluem marcas chinesas, e também grifes globais como Nike e Burberry.

O foco das vendas da Amazon estará em bens importados, de vinhos a brinquedos. A empresa diz que o lançamento oficial será mês que vem, com mais marcas internacionais participando no futuro. Aproximadamente um quarto das marcas são exclusivas da Amazon, como a Logan, Panama Jack e Moc Moc.

A movimentação coloca a Amazon em uma posição estranha de tentar aumentar suas vendas por meio de uma empresa que sempre foi pintada como rival, embora tenham modelos muito diferentes. A Amazon vende bens diretamente ao consumidor, enquanto a Alibaba é um intermediário entre vendedor e comprador, e gera dinheiro por meio da venda de publicidade nas plataformas. Lojas na Tmall tem que pagar uma comissão por venda, e não será diferente com a Amazon.

A Alibaba vem competindo com a Amazon em muitas áreas. Essa semana, a gigante chinesa abriu um centro de computação em nuvem no Vale do Silício. No mês passado as entregas por drones começaram a ser feitas, uma coisa que Jeff Bezos, da Amazon, sonha em fazer mas que as autoridades norte-americanas ainda proíbem.

Qual motivo levou a Amazon a trabalhar com a Alibaba na China? Tudo se resume ao tráfego. A Amazon.cn vendeu apenas 1,3% do espaço destinado a publicidade entre empresa e consumidor na China, em 2014, de acordo com a firma chinesa iResearch; já a Tmall atingiu o número de 61,4%. Os compradores virtuais chineses vão direto à plataforma da Alibaba quando querem procurar por um produto, ignorando os sites de pesquisa, sites virtuais de lojas físicas e a Amazon.cn.

Mas o acordo é bilateral – a Alibaba também poderá usar a Amazon para expandir sua marca e trazer mais empresas internacionais para vender na Tmall, disse Julia Q.Zhu, fundadora da Observer Solutions, uma empresa chinesa de propaganda para e-commerce.

“A Amazon pode pegar o tráfego e pegar usuários da gigantesca base de dados da Tmall, e a Tmall provavelmente considera que a Amazon tem muitos recursos em termos de marcas internacionais e fornecedores”, disse. “Os dois saem ganhando.”

Tradução: Mariana Stocco

wraps

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Mercado Livre Arena Pacaembu cancela abertura e show de Roberto Carlos

    Mercado Livre Arena Pacaembu cancela abertura e show de Roberto Carlos

    Apresentação do cantor marcaria a abertura do espaço de eventos do Mercado Pago Hall; Mercado Livre adquiriu naming rights do local em janeiro

  • Surf: Dream Tour define patrocinadores para 2024

    Surf: Dream Tour define patrocinadores para 2024

    Prio, Gerdau e Estácio promovem as quatro etapas do principal campeonato de Surf do Brasil