Marketing
Empresas reagem à lei polêmica nos EUA
Apple e Salesforce são algumas das marcas que consideram discriminatória a ?lei de liberdade religiosa?
Apple e Salesforce são algumas das marcas que consideram discriminatória a ?lei de liberdade religiosa?
Meio & Mensagem
6 de abril de 2015 - 10h37
(*) Por Felicia Greiff, do Advertising Age
Levou um pouco mais de uma semana para os políticos de Indiana e do Arkansas reverem a “lei de liberdade religiosa” que muitos acreditaram que fosse permitir a discriminação contra a comunidade LGBT, mulheres e, possivelmente, comunidades religiosas.
Enquanto ocorria uma comoção nacional do público, também aconteceu uma oposição ferrenha das empresas contra a legislação, com muitas companhias mostrando seu posicionamento por meio de anúncios, tweets e ameaças.
Entre as reações mais fortes estava a do CEO da Salesforce Marc Benioff, que ofereceu US$ 50 mil aos funcionários para eles saírem de Indiana. Ele também suspendeu viagens comerciais ao estado e eventos.
A Angie’s List ameaçou cancelar o plano de expansão de $40 milhões em um centro comercial em Indianapolis, o que geraria para a cidade mil empregos até 2019.
General Eletric, PayPal e Yelp também se juntaram à oposição. Os CEOs da GAP Inc. e da Levi Strauss & CO soltaram um comunicado conjunto dizendo que as leis são “fundamentalmente erradas” e “devem ser impedidas”.
A Amazon gerou barulho ao deixar uma conferência em Indianapolis essa semana. Logo depois, Pivotal, Platfora, Cloudera e EMC também saíram.
Já as marcas historicamente conservadoras Chick-fill-A e Hobby Lobby não se pronunciaram.
Além de tweetar sua oposição, o CEO da Apple Tim Cook escreveu um artigo explicando a posição da Apple com a legislação, assim como a sua experiência ao crescer em no sul segregado.
“Na Apple, nós trabalhamos para dar poder de escolha e tornar a vida dos nossos consumidores mais ricas”, escreveu. “Nós batalhamos para trabalhar de uma maneira que seja justa e imparcial. Por isso, em nome da Apple, eu estou me colocando na oposição dessa nova onda de leis – onde quer que elas apareçam.”
Muitos pensaram que o Walmart, tradicionalmente inclinado aos republicanos, fosse permanecer em silêncio sobre o assunto. Mas o CEO Doug McMillon pediu ao governador do Arkansas vetar a lei. O centro de operações do Walmart está localizado no Arkansas e expandiu o direito de plano de saúde para casais do mesmo gênero em 2014.
Com o torneio Final Four acontecendo em Indianapolis, entre os dias 4 e 6 de abril, a NCAA (National Collegiate Athletic Association) ficou em uma posição delicada. O presidente Mark Emmert disse estar profundamente preocupado com a lei, mas ignorou os pedidos de boicotar o estado.
O CEO da Yelp Jeremy Stoppelman disse em um blog da empresa que “é impossível imaginar que a Yelp pudesse criar, manter ou expandir negócios significativos em qualquer estado que encoraje a discriminação contra os nossos funcionários ou contra a população.”
Tradução: Mariana Stocco
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