Capitalismo com resultados sociais

Meio & Mensagem
28 de abril de 2015 - 11h24

Ter resultados financeiros sem abrir mão de propósitos é possível. Ao menos é o que o jornalista Alexandre Teixeira analisa no livro “De dentro para fora – Como uma geração de ativistas está injetando propósito nos negócios e reinventando o capitalismo”, publicado pela Arquipélago Editorial.

O autor buscou exemplos de uma nova geração de empreendedores para os quais ser bem-sucedido implica também em conseguir que seus negócios deixem algum tipo de legado social. “Não é nada produtivo reclamar das grandes corporações, criticar o sistema e não fazer nada para transformá-lo. Esta é uma revolução moral digna de nossos tempos”, diz Teixeira.

Entre os casos analisados na obra estão os de John Mackey, da americana Whole Foods e Hugo Bethlem, ex-vice-presidente do Grupo Pão de Açúcar, que pregam um “capitalismo consciente”. Antonio Ermírio de Moraes Neto foi até Índia e Bangladesh para conhecer projetos voltados à população mais pobre; e Lourenço Bustani comanda uma consultoria cujo objetivo é acelerar mudanças – sob essa nova ótica da atividade comercial – onde elas são mais necessárias.

O Grupo Full Jazz, presidido por Christina Carvalho Pinto, também possui uma consultoria e entra no capítulo sobre Capitalismo Consciente. A The Key, como foi batizada a firma, promove a sustentabilidade nas organizações, sejam privadas, públicas ou ONGs. Christina, criadora da famosa campanha da Faber Castell, utilizando desenho animado e a trilha da música Aquarela, de Toquinho, há tempos estabeleceu critérios até para definir as contas para as quais trabalha. Ela não atua para redes de fast-food e refrigerantes, enquanto estes forem prejudiciais à saúde (e acredita que tais empresas estão mudando, se aproximando mais de produtos naturais).

Estes são apenas alguns de muitos outros exemplos presentes na obra.