CVC embarca no comércio eletrônico

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CVC embarca no comércio eletrônico

Saiba quais as estratégias de comunicação e tecnologia dos concorrentes que se preparam para enfrentar a gigante do turismo, agora na internet


9 de junho de 2015 - 2h58

A compra recente do Submarino Viagens pela CVC, por R$ 80 milhões,  era o que faltava para a maior agência de viagens do País, com faturamento de R$ 220,5 milhões, se estabelecer na internet. Do total de suas vendas, apenas 5% têm origem na web, onde a empresa atua há apenas dois anos. Essa situação deve mudar em breve, assim que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar o negócio, fechado em maio passado. A estimativa da CVC é que a receita proveniente da internet chegue a 15% de seu faturamento. “Começamos tarde, mas com a compra da Submarino vamos tirar o atraso”, disse Luiz Eduardo Falco, presidente da CVC, durante teleconferência com analistas, no final de maio.

O comércio eletrônico de turismo no Brasil movimenta cerca de R$ 15 bilhões ao ano e inclui venda de pacotes, passagens e serviços. A CVC é a 56º maior anunciante do País, conforme o Ranking Agências e Anunciantes, de Meio & Mensagem. Em 2014, a empresa elevou seus investimentos em publicidade em 10% para R$ 101,3 milhões. 

O recado de Falco ao mercado está claro: a concorrência vai se acirrar. Neste contexto, qual será a estratégia dos principais players deste setor? A Decolar.com, por exemplo, vai continuar apostando na comunicação. “Há pelo menos sete anos consecutivos, mantemos arrojados investimentos em campanhas publicitárias e vamos manter esse ritmo”, diz Alipio Camanzano, diretor da empresa. Recentemente, a agência lançou a campanha “Decolar.com, Você Pode!” que reuniu artistas como Bruno de Luca, Bruno Gagliasso, Carolina Dieckmann, Claudia Raia, Deborah Secco, Dinho Ouro Preto, Ingrid Guimarães, Leandro Hassum e Taís Araújo. 

De acordo com Camanzano, o e-commerce de turismo se sofisticou nos últimos anos e não se resume mais a compra e venda de passagens aéreas. “Hoje, o consumidor busca uma central de serviços na internet e isso vem exigindo cada vez mais estruturas sofisticadas das empresas”, diz Camanzano. Priscilla Erthal, diretora de marketing do Hotel Urbano, agência online de hospedagens, explica que continuará apostando em tecnologia. “Hoje nós utilizamos Big Data, geolocalização e inteligência de nossa equipe para entender as tendências e comportamentos dos clientes.” Em comunicação, o Hotel Urbano prefere se estabelecer com a segmentação. “Com realizações bem definidas, nossas campanhas conseguem resultados mais efetivos, especialmente em relação a taxa de conversão de vendas. Dessa forma, nos destacamos por aumentar nosso índice de recompra e também conquistar novos clientes”, diz Priscilla. Em 2014, a empresa investiu R$ R$ 11,7 milhões em publicidade.

O Airbnb, comunidade de hospedagem alternativa, que concorre indiretamente com essas empresas, também avança no mercado nacional. Nesta terça-feira 9, a empresa anunciou que vai adotar sistema de pagamentos online no Brasil com pagamento em moeda local e parcelamentos sem juros. “O novo modelo de cobrança foi planejado para atender as necessidades do mercado brasileiro e tornar a experiência de reservar uma acomodação algo mais familiarizado, simples e seguro”, afirma Christian Gessner, diretor geral do Airbnb no país. Atualmente, o Airbnb conta com 45 mil anúncios disponíveis no país, mais de 20 mil deles no Rio de Janeiro, que é um dos principais destinos na plataforma, no mundo todo. Páginas oficiais dos Jogos Olímpicos Rio 2016 já estão direcionando o público do evento para uma plataforma desenvolvida com exclusividade para os espectadores dos Jogos.

Em maio, o Hotel Urbano reformulou sua plataforma Voltem.com, que concorre diretamente com o Airbnb. Foram investidos R$ 5 milhões em tecnologia. A meta da empresa é tornar-se a principal plataforma de aluguel por temporada do Brasil aproveitando o Rock in Rio, que acontece em setembro deste ano, e das Olímpiadas de 2016. O Voltem foi criado em 2011 com o antigo nome de House in Rio pelo executivo Eduardo Serrado, que é o atual CEO da operação.

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