Marketing
O velho caminhão de sorvete agora tuíta
Marca Good Humor, da Unilever, se atualiza com Twitter, rock?n?roll e turnê de amostra grátis
Marca Good Humor, da Unilever, se atualiza com Twitter, rock?n?roll e turnê de amostra grátis
Meio & Mensagem
24 de junho de 2015 - 4h56
Do Advertising Age,
A Good Humor, marca de sorvete conhecida pela tradicional pintura dos caminhões, está tentando colocar um pouco de swag em seu jogo enquanto se atualiza para a idade digital.
A marca, que estacionou definitivamente seu icônico caminhão de sorvetes há quase 40 anos, está colocando o pé na estrada de novo para uma turnê de amostra grátis. Mas a ação pedirá que fãs a sigam no Twitter em vez de correr atrás da clássica música do caminhão de sorvetes para conseguir suas guloseimas.
A turnê chamada “Bem-vindo à idade da alegria” fará paradas pelo nordeste dos Estados Unidos neste verão numa tentativa da marca de 95 anos de atualizar suas técnicas de venda mobile para o mundo contemporâneo.
Os consumidores podem convocar o caminhão tuitando para @GoodHumor enquanto ele faz as suas paradas pela cidade de Nova York, Filadélfia, Washington e Boston. E, em vez de tocar um jingle clássico, o caminhão vai colocar nos alto-falantes muito pop e rock.
“Ele lembra o nostálgico caminhão do passado, mas suas nuances modernas nos trazem tecnicamente e também experimentalmente para o século 21”, diz Nick Soukas, diretor de sorvetes da Unilever, dona da Good Humor.
A Good Humor, conhecida por suas inovações geladas, como sorvetes em barra e sanduíches, vendeu sua icônica frota de caminhões brancos em 1976, quando o preço da gasolina foi para a estratosfera, e então começou a focar as suas vendas em supermercados. Hoje, a marca ainda é vendida em caminhões de sorvetes operados por distribuidores independentes.
O caminhão da Unilever foi criado apenas para ações de samplig. Mas alguns distribuidores da Good Humour estão dando os seus próprios passos rumo à modernização. A Carnival Ice Cream, que opera em Nassau Conty, em Nova York, deu um design colorido para os seus vários caminhões e os equipou com sistemas de música que tocam os hits do Top 40. “Eles são divertidos e já era hora de uma mudança”, aponta Brittany Palillo, diretora de marketing da Dover Group, dona da Carnival.
As estratégias para a modernização da Good Humor chegam num momento de queda nos resultados em lojas. Em 2014, as vendas da marca no varejo caíram de US$ 226,1 milhões para US$ 218,4 milhões. Em 2012, foram de US$ 236 milhões. Os dados são da Euromonitor International. Segundo Soukas, há algumas áreas da marca que estão em declínio e outras que estão crescendo. “O negócio out-of-home, que inclui as vendas em caminhões, está em crescimento”.
Os caminhões também foram uma chave de crescimento para o fundador da marca, Harry Burt, que criou a Good Humor Bar em 1920, em Youngstown, Ohio. Suas táticas de marketing incluíam uma frota de 12 caminhões brancos de sorvete, que eram equipados com sinos e dirigidos pelos homens de branco da marca. Os motoristas tinham que seguir um estrito código de conduta. Um requisito era que eles inclinassem os chapéus para as mulheres e saudassem os homens. “Esteja sempre alerta, seja cortês e agradável”, está escrito em um antigo manual, que ainda pede que os funcionários “façam amizade com crianças” e “prestem atenção na segurança delas”.
A Unilever começou a trazer os homens de branco da Good Humor de volta há alguns anos em seus eventos de marketing. Os funcionários atuais são um grupo racialmente diverso. Mas este ainda é um clube só para homens. “Por enquanto, eles continuarão sendo todos homens”, afirma Soukas. “Mas nós não estamos fechados para uma oportunidade de, no futuro, reunir outro gênero”.
Tradução: Odhara Caroline Rodrigues
Compartilhe
Veja também
Track&Field abre primeira loja no continente europeu
Experience store foi aberta em Portugal sob o sistema de franquia e vem procurando cativas os clientes por meio de atividades esportivas
Como dominar as conversas sobre BBB para além das ações no programa
Ao fim de cada edição, os CMOs são questionados se ainda vale a pena patrocinar a atração, considerando KPIs pragmáticos, como ROI, e costumo responder que, no marketing, é fundamental entender que tudo precisa ser visto de forma conjunta