As acrobacias do Cirque du Soleil nos negócios

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As acrobacias do Cirque du Soleil nos negócios

Destaque na abertura dos jogos Pan-Americanos, o circo canadense ainda busca os resultados de uma reestruturação que custou empregos e queda de receita


13 de julho de 2015 - 8h05

Conhecido pelas tradicionais partidas de baseball do Blue Jay, principal time de Toronto, no Canadá, o estádio Rogers Centre foi palco da abertura dos jogos Pan-Americanos 2015, na sexta-feira 10. Na cerimônia, o destaque não foi apenas para as delegações, mas, principalmente para as acrobacias do Cirque du Soleil em sua própria casa. A apresentação da trupe que girou em torno dos desafios olímpicos em paralelo com a cultura indígena do Canadá não poderia ser mais emblemática. Há três meses, o circo mais famoso do mundo foi comprado pelo fundo chinês Fosun e o americano TPG em um negócio estimado em US$ 1,2 bilhão que deixou o fundador da empresa, Guy Laliberté, com apenas 10% de participação.

A exposição do circo na abertura do Pan-Americano representa uma nova fase financeira e de posicionamento da marca no mundo. Criado em 1984, o Cirque du Soleil vive um processo de reestruturação. Desde 2012, reduziu US$ 100 milhões em gastos e cortou 400 empregos. Atualmente, são quatro mil funcionários espalhados pelo mundo. O circo vive a queda de procura por seus ingressos. No ano passado, teve uma receita de US$ 850 milhões, menor que os US$ 1 bilhão do ano anterior. No Brasil, em 2014, a queda na procura pelos ingressos do espetáculo Corteo, que variavam entre R$ 200 e R$ 400, deu um prejuízo de R$ 50 milhões à Time For Fun responsável pelas vendas.

A queda nas bilheterias vem mostrando ao circo que já é hora de depender menos dos espetáculos. A decisão estratégica foi reduzir o número de apresentações de 22, em 2011, para menos de 15, atualmente. Com a chegada dos novos investidores, o objetivo é reavaliar uma expansão internacional, principalmente na China, e apostar em outras formas de receita. Para isso, o Fosun, sócio chinês que fatura US$ 10 bilhões, está injetando capital e o americano TPG articula a aproximação da marca com empresas de mídia e licenciamento.

No início de julho, o Cirque du Soleil passou a contar com um outro sócio oriental. A agência japonesa Hakuhodo, segunda maior rede de agências do Japão e uma das dez maiores do mundo, comprou participação majoritária na Sid Lee, agência cujos 35% do capital pertencem ao circo canadense. A Sid Lee atende empresas como Red Bull e Absolut e agora tem um novo plano de expansão, que favorece o próprio circo. Para quem se encantou com as acrobacias exibidas pela trupe na sexta-feira fica a pergunta se o circo conseguirá reestruturar suas finanças e alcançar muito mais do que as 150 milhões de pessoas que já assistiram alguns de seus shows.

Transmissões do Pan

Na edição do último sábado 11, em um editorial lido por William Waack, o Jornal Nacional explicou que a TV Globo não possui os direitos de transmissão do Pan de Toronto, mas não deixará de acompanhar as equipes brasileiras no Canadá. Na TV aberta o direito de transmissão está com a Record, já na TV a cabo o Sportv transmite como emissora sublicenciada.

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