Opinião: O futuro da comunicação

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Opinião: O futuro da comunicação

Quer prever os rumos da comunicação e do marketing? Preste atenção nas pessoas


17 de agosto de 2015 - 8h30

Por Ubiratan Miranda (*)

Todos nós, que atuamos com comunicação e marketing em empresas ou agências, sabemos que há algum tempo todo briefing pode gerar soluções e projetos relacionados a estratégia de negócio e também a inovação de produtos e serviços. Nunca tivemos tamanha abertura para apoiar e influenciar o business de uma empresa como hoje, ou seja, nossa participação deixa de ser na superfície e torna-se um mergulho no que há de mais importante em cada companhia – que é a essência do que ela entrega ao seu cliente. A capacidade de materializar esta possibilidade em realidade está totalmente ligada ao entendimento dos movimentos sociais que formam o ambiente em torno das marcas que representamos.

Se pararmos para estudar a história da humanidade, veremos que ao longo desta trajetória tivemos apenas duas constantes: o ser humano e a sua capacidade de gerar mudanças na medida em que se agrupava.

No início, éramos nômades e vivíamos em pequenos grupos. Começamos a nos fixar e a coexistir nas cavernas, nas vilas, feudos, cidades, até o momento do grande salto, quando começamos a navegar e a conhecer povos com outras culturas. Todas estas interações fizeram com que o conhecimento acerca de outras formas de pensar, de fazer algo diferente, somados a outras necessidades, gerassem soluções, novos hábitos, aprendizados e, principalmente, a transformação dos dois lados que, ao se aproximarem, tornaram-se seres novos, com novas potencialidades e fraquezas.

Pense no quanto a mudança de comportamento das pessoas gerou e potencializou necessidades que foram vistas como oportunidades em algum momento e, hoje, levaram à criação de serviços e empresas que há 10 anos nem sonhávamos. Air BnB, aplicativos para pedir táxi, plataformas de troca de serviços e conhecimento como a Bliive, entre vários outros, são demonstrações de empresas que souberam aproveitar a transformação constante dos hábitos da sociedade para criar ou atender demandas. Mais que isso, esses profissionais se apropriaram da alta capacidade de divulgação e engajamento espontâneos do público que usa esses tipos de serviço, independentemente da região onde cada um esteja.

Atualmente são 3,2 bilhões de usuários de internet, com previsão de chegar a 7 bilhões em 2020. Se hoje, com esta quantidade de pessoas navegando na web, já experimentamos um mundo frenético em novidades, inovações e possibilidades, o que esperar dos próximos anos, com ainda mais gente conectada e interagindo de forma cada vez mais intensa, usando ferramentas e metodologias organizadas, com propósitos comuns em diversas áreas do conhecimento?

Este texto pode ser um tanto quanto sociológico, antropológico, mas não há como pensar no futuro da comunicação e do marketing sem trazer este contexto de evolução da sociedade – e no quanto a comunicação pode aproveitar tais mudanças para identificar oportunidades viáveis ao negócio das marcas e empresas. Se queremos antever os próximos passos e apontar tendências, devemos estudar a essência do ser humano e como ele se comportou ao longo de sua história. E esta história nos mostra que o maior vetor de transformação é sempre o contato com o outro.

Nosso target se agrupa via internet e se transforma constantemente, e você? Vai ficar aí pensando soluções dentro da caverna?

*Ubiratan Miranda é diretor da conta digital de Localiza na TV1.Com 

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