Pressionados pelo cenário econômico, consumidores fecham o bolso e buscam ofertas, indústria e varejo tentam esvaziar estoques e todos esperam o fim da crise política e o início da retomada do crescimento
No que dependesse do job description e da boa vontade do Papai Noel, o final de 2015 seria com presentes para todo o mercado. No entanto, recessão econômica, recrudescimento da inflação, desemprego, queda da massa salarial, altas taxas de juros, desvalorização cambial e crise política mostram que muitos não se comportaram bem, e restou ao bom velhinho entregar um baita abacaxi para anunciantes, agências e mídia descascarem neste Natal.
Antecipado pela Black Friday, o principal evento do calendário comercial do País promete ser movimentado, especialmente no e-commerce, mas não será capaz de reverter o resultado do ano. Com consumidores cada vez mais críticos e agora com o poder de compra abalado, as equipes de marketing terão um desafio extra para converter a necessidade ou o desejo dos clientes em compra — e também preservar o relacionamento num momento de dificuldade.
Do lado das agências, prevalece a esperança de que o último bimestre possa dar um pouco de fôlego ao ano abatido pelas incertezas econômicas. A movimentação dos clientes para a realização de ativações, campanhas e ações promocionais para a Black Friday e Natal já começaram, mas a empolgação não deve ser a mesma de anos anteriores.
A íntegra desta reportagem está publicada na edição 1685, de 9 de novembro, exclusivamente para assinantes do Meio & Mensagem, disponível nas versões impressa e para tablets iOS e Android.