Prêmio Esso faz 60 anos e muda de nome

Odhara Rodrigues
12 de novembro de 2015 - 8h12

O tradicional Prêmio Esso, que há 60 anos destaca as melhores reportagens e é considerado o Pulitzer do jornalismo brasileiro, muda oficialmente de nome em 2015. Agora chamado de Prêmio ExxonMobil, o evento adota o nome da empresa dona da marca Esso, que não é usada no Brasil desde 2009. “Foi uma decisão de negócio”, explica Valéria Rossi, gerente de assuntos institucionais e governamentais da empresa no Brasil.

Em comemoração aos 60 anos, a equipe do humorístico Sensacionalista estará presente no jantar em homenagem aos vencedores, dia 12 de novembro, no Rio de Janeiro, entretendo os convidados. A trupe entregará prêmios fictícios durante a noite. Além disso, um livro comemorativo está sendo planejado para o ano que vem. Alguns trechos da premiação serão disponibilizados no site oficial. Conheça os vencedores em http://bit.ly/1M1gix8.

Estrutura mantida
Como as três linhas de negócio da empresa no País são serviços B2B, acabam não sendo visíveis para o público. “Não fazia mais sentido usar a marca Esso, mas não queríamos causar estranhamento ou melindrar o público. Nossa preocupação foi justamente não perder a credibilidade. Por isso escolhemos fazer a mudança de forma gradativa e agora, aproveitando o aniversário redondo, fizemos a transição final”, conta. A mudança levou cinco anos.

Como parte da estratégia de deixar claro que a única diferença do prêmio é o nome, a organização não fez mudanças na estrutura. Todas as categorias foram mantidas. Para a executiva, o maior legado da premiação é seu papel na consolidação da democracia e de uma imprensa livre e atuante. “O prêmio surgiu em 1955 e atravessou diversos governos e a ditadura militar sem deixar de acontecer nenhum ano, mesmo com os jornalistas sofrendo censura. O trabalho jornalístico de apuração e investigação está cada vez mais difícil. Mas a reportagem, independentemente do formato, não vai morrer”, afirma Valéria.