Marcos Vicca
25 de janeiro de 2012 - 12h42
Estou em rádio há 22 anos.
É quase dispensável dizer que a forma como se faz e ouve rádio mudou bastante, principalmente, nestes últimos anos.
Só que mais do que a estética e o formato de consumo, há uma mudança mais interessante: a função do rádio é outra.
Antes o rádio era a fonte principal da informação.
E quando falo de informação, refiro-me a qualquer tipo de informação. Notícia ou música.
Antes era: "Deu no rádio". "Ouvi agora na rádio".
O rádio detinha a informação.
Hoje a informação está absolutamente disseminada em trocentos sites, aplicativos, canais especializados de TV.
E recebemos tudo diretamente em nossos bolsos, através de um pequeno aparelho.
Fácil e rápido assim.
Como a minha especialidade é música, vou me ater a isso.
Nas festas de fim de ano um amigo com seus vinte e poucos anos me perguntou: "como faço pra descobrir o que tem de novo e legal rolando na música. Quero ouvir coisas novas".
Respondi: "simples, ouça rádio".
O rádio hoje funciona como uma espécie de curador, organizador da informação.
Poucas pessoas (mesmo os mais jovens) tem todo o tempo do mundo para vasculhar, ouvir, separar e escolher aquilo que quer ouvir ou que soa interessante.
Como a informação musical é extremamente vasta, é muito mais cômodo que alguém faça isso.
Alguém que ouça e coloque na vitrine aquilo que é (ou pode ser) mais interessante dentre tantas coisas que são produzidas e gravadas diariamente em todo o mundo.
Entender bem a audiência é o primeiro passo para estar com ela.
Quantas vezes você já viu alguém pedir pra "colocar umas músicas no iPod" ou "dar umas dicas do que ouvir"?
É isso que fazemos todos os dias.
Organizamos a informação musical.
* Marcos Vicca é diretor Artístico da Rádio Mix FM
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