MMA, o segundo esporte do Brasil. Será?

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Ponto de vista

MMA, o segundo esporte do Brasil. Será?


20 de abril de 2012 - 5h58

Nos últimos tempos tenho lido, escutado e até concedido entrevistas sobre o MMA. O questionamento sempre é o mesmo: quando o MMA se consolidará como o esporte mais popular do Brasil depois do futebol?

Acredito que o MMA é realmente um fenômeno mundial, especialmente pela valorização que o esporte teve com a consolidação da marca UFC. Atualmente, arrecada muito com vendas de pay per view e tem marca avaliada em cerca de US$ 1 bilhão.

Fazendo uma pesquisa na internet descobri que o UFC fatura cerca de US$ 400 milhões por ano. Não sei se esse dado é correto, mas achei o valor bastante baixo por tudo que falam da entidade. Apenas como comparação a NFL, liga profissional de futebol americano dos EUA, fatura mais de US$ 8 bilhões!

Esse dado, em contraste com os clubes brasileiros, representa algo como o faturamento de Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Flamengo somados. No futebol europeu é menor que o faturamento individual do Real Madrid, Barcelona ou Manchester United.

No Brasil, o UFC também cresceu muito rapidamente e recentemente foi impulsionado pelo apoio recebido pela Rede Globo, que viu sua audiência subir de forma impressionante em horários que tradicionalmente as audiências são baixas.

O esporte tem ídolos que cativam a população, há a participação de clubes de futebol e os eventos se transformaram em grandes acontecimentos. Teremos agora eventos do UFC em estádios, reality show na Globo, entre outras ações. Isso mostra que o esporte está realmente crescendo e a marca UFC descobriu no Brasil um grande mercado para explorar.

Agora, acreditar que o esporte será o mais importante do Brasil depois do futebol, em minha opinião, é um pouco exagerado. Alguns até falam que passará o futebol!

As artes marciais, segundo diferentes pesquisas, aparecem muito abaixo de outras modalidades, no quesito acompanhamento do esporte pela mídia. O que mostra que, mesmo que o MMA seja um fenômeno de mídia, não será fácil desbancar esportes tradicionais.

Até pouco tempo era o rúgbi a bola da vez e até agora não vimos nenhuma revolução aqui no Brasil do esporte da bola oval.

Por isso, acredito que seja realmente importante analisar de forma muita cuidadosa essas afirmações tão conclusivas, sem muita base científica. Que o MMA está crescendo é indiscutível, mas terá um longo caminho para se transformar naquilo que muitos afirmam que já está para acontecer.

Possivelmente novas pesquisas com os consumidores brasileiros indiquem essa tendência de evolução, ou as desmistifiquem.

Amir Somoggi é diretor de consultoria em gestão esportiva da BDO

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