Feliz Dia da Mulher

Chieko Aoki
8 de março de 2016 - 2h10

Estamos na semana do Dia Internacional da Mulher e, como vem crescendo com intensidade na última década, a comemoração desta data representa não apenas a importância das mulheres no mercado de trabalho, mas muito mais do que isso: reconhece quem cada vez mais têm ocupado com sucesso posições de liderança e de influenciadoras nas empresas e na sociedade.

Este avanço, conquistado em luta silenciosa e competente, me lembra um texto imputado à Madre Teresa de Calcutá, dedicado às mulheres, “Incansáveis Guerreiras”, que gostaria de compartilhar com vocês: “Tenha sempre presente que a pele se enruga, o cabelo embranquece, os dias convertem-se em anos, mas o que é importante não muda: a tua força e convicção não tem idade. Atrás de cada linha de chegada, há uma partida. Atrás de cada conquista, vem um novo desafio. Enquanto estiveres viva, sente-te viva. Se sentes saudades do que fazias, volta a fazê-lo. Não vivas de fotografias amarelecidas… continua, quando todos esperam que desistas. Não deixeis que enferruje o ferro que existe em ti. Faz com que em vez de pena, te tenham respeito. Quando não consigas correr através dos anos, trota. Quanto não consigas trotar, caminha. Quando não consigas caminhar, usa uma bengala. Mas nunca te detenhas!”.

Quando li, pensei nas muitas mulheres que conheço e que crescem a cada desafio, assegurando-se como protagonistas de suas vidas e de mudanças silenciosas e excepcionais para a construção de organizações e sociedade evoluídas, dinâmicas, éticas e humanas. As mulheres, com suas características, sem dúvida, têm contribuído para somar as valiosas evoluções que foram conquistadas pelos homens.

Não é pelo fato de eu ser mulher, mas por acreditar que as características femininas como a de compartilhar, de envolver e de valorizar as pessoas com firmeza, assertividade e também com humanidade, asseguram melhor ambiente e motivação no trabalho, que gostaria de ver mais mulheres quebrando a resistência silenciosa ainda existente à liderança feminina. De fato, as mulheres ainda ocupam apenas 5% dos cargos de CEOs nas empresas brasileiras. Mais do que isso: mais da metade das companhias (57%) não possuem mulheres em cargos de diretoria, vice-presidência, presidência ou conselho de administração, o que coloca o Brasil entre os 10 países que menos promovem mulheres para cargos de liderança, segundo estudo “Women in Business 2015”, da consultoria Grant Thornton.

Felizmente, no Brasil, temos exemplos de líderes mulheres extraordinárias – executivas, empreendedoras, profissionais liberais e outras – que têm influenciado positiva e excepcionalmente muitas jovens mulheres que, cada vez mais, têm certeza de suas forças de contribuição como protagonistas. Como diz a minha amiga Luiza Helena Trajano, para mim o maior exemplo como líder e realizadora, as jovens “não estão deixando a banda passar, e sim tocando na banda”. Ouvindo as ideias e comprometimento destas jovens mulheres, descubro feliz como esta geração tem compreensão muito maior do que na minha época de suas responsabilidades como profissionais e como cidadãs na realização de seus objetivos e sonhos. Elas atuam, estudam, preparam-se mais e mais com entusiasmo para as mudanças que julgam melhores e justas, assim como a guerreira e mais jovem ganhadora do prêmio Nobel, a paquistanesa de 17 anos Malala Yousafzai.

De onde se encontra, Madre Teresa de Calcutá deve estar acompanhando feliz as mulheres guerreiras, cada vez mais engajadas e automotivadas para serem líderes que protagonizarão a construção de um Brasil admirado e respeitado! Parabéns a todas as mulheres, com votos de muito brilho e realizações!

Chieko Aoki é presidente da rede Blue Tree Hotels