Podcasts crescem e aguardam marcas

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Podcasts crescem e aguardam marcas

Apesar da quantidade de produtores e da audiência, poucas empresas se interessam no formato


8 de abril de 2016 - 11h50

A rotina da paulistana Marina Burini, de 27 anos, inclui um trajeto diário entre sua casa, no bairro de Pinheiros, até o trabalho, no Brooklyn. Ela utiliza transporte público e, por causa do trânsito, raramente conclui o trajeto em menos de 45 minutos. Ela ameniza o problema ouvindo a podcasts sobre suas séries favoritas e cultura pop há pelo menos dois anos.

Cafe_Brasil-Podcast575DIVPodcasts não são nenhuma novidade, mas cada vez mais gente como Marina tem acompanhado esse tipo de formato. Nos Estados Unidos, já é uma realidade: segundo levantamento da Edison Research, 57 milhões de americanos, maiores de 12 anos, ouviram podcasts em fevereiro, o que representa uma fatia de 21% da população. No ano passado eram 17%. Os dados fazem parte do estudo Infinite Dial 2016, realizado em parceria com a Triton Digital.

O Brasil ainda não tem números oficiais sobre ouvintes, mas há cerca de 800 podcasts nacionais. Alguns produtores, como os responsáveis pelas atrações Metacast, Radiofobia e Aerocast, têm unido esforços para conhecer melhor o perfil dos usuários por meio da PodPesquisa, que será divulgada no segundo semestre deste ano. Outra iniciativa é do Mundo Podcast, portal agregador de programas que faz uma lista anual sobre os de maior destaque no País, segundo os próprios podcasters.

Tamanha popularidade se deve muito ao conceito da cauda longa, que observa o crescimento de produtos de nicho pelas lentes da acessibilidade digital, o mesmo fenômeno por trás da força dos sites verticais. O aumento de uso de dispositivos móveis, o surgimento de carros conectados, a profissionalização dos produtores e a maior afinidade com consumo sob demanda também ajudam a explicar.

Algumas marcas estão atentas a essa evolução, fazendo investimentos pontuais­ em podcasts no Brasil, entre elas TIM, Itaú, Microsoft, Fox e Deezer. Mas muita gente do mercado ainda não entende o formato muito bem. “As agências pequenas não sabem como funciona”, diz Juliana Vilela, gerente comercial da Prótons, criada em 2015 para cuidar especificamente de podcasts como o SciCast, o RapaduraCast, o Mundo Freak, o Café Brasil e o Papo de Gordo, marcas de seu portfólio que, juntos, têm média de 700 mil downloads semanais. Na maior parte das vezes, é preciso retomar conceitos básicos como frequência e engajamento. “Explico que possibilita publicidade permanente porque é comum fazerem maratona de podcasts”, explica Juliana.

A íntegra desta reportagem está publicada na edição 1705, de 11 de abril, exclusivamente para assinantes do Meio & Mensagem, disponível nas versões impressa e para tablets iOS e Android.

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