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Ad blockers fomentam a procura por vídeos nativos

Protagonismo do vídeo fomenta o surgimento de formatos menos intrusivos


29 de novembro de 2016 - 8h00

Foto: Reprodução

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Quando se trata de vídeos publicitários online, é difícil achar alguém que realmente assista às campanhas até o final, sem pular o anúncio após seus primeiros segundos – que às vezes parecem intermináveis. Se o vídeo é o novo protagonista das estratégias de marketing digital das marcas, muitas vezes continua aparecendo fora de contexto e de forma intrusiva, e é aí que os vídeos nativos e interativos começam a ganhar espaço.

“Historicamente, o marketing em vídeo tem sido mais sobre ajudar marcas com exposição e awareness, mas hoje estamos entrando em uma era de alta responsividade. Em um momento de crise onde marcas precisam ser mais conservadoras com seus investimentos, o anúncio ideal é aquele que cumpre com a proposta de branding, mas também de performance”, avalia Emi Gal, CEO da Teads Studio, braço da empresa francesa focado em tecnologia para publicidade em vídeo.

Em um mundo tomado pelo mobile e onde redes sociais como Snapchat e Instagram Stories também transformam a maneira pela qual as pessoas filmam, fotografam e acessam vídeos no celular, também espera-se que a publicidade acompanhe esse ritmo e forneça formatos compatíveis com os novos hábitos.

De acordo com a Teads, 43% dos brasileiros acham o formato pre-roll, aquele vídeo mostrado para desbloquear outro conteúdo, intrusivo

Os vídeos nativos chegam então para adaptar vídeos publicitários para o formato vertical, com a possibilidade de segmentar pela tela utilizada, localização do usuário, assunto que está navegando, temperatura, etc. Os vídeos, por sua vez, poderão ser associados à páginas e artigos que falem sobre assuntos correlatos, pela associação com palavras chaves e clusters específicos.

Eles oferecem a possibilidade de contextualizar esse vídeo com a hora do dia, a cidade em que o usuário está, se no trabalho ou em casa. São variáveis que tornam seu vídeo mais relevante. Não adianta ter um anúncio de um minuto premiado em Cannes, não significa que vai funcionar na internet. Será cada vez mais importante impactar pessoas que estão interessadas em determinado assunto com um anúncio específico, dentro de um contexto de navegação”, comenta Pedro Ivo Resende, CEO da Deepline, adtech que nasceu dentro da agência AG2 Nurun. Ele acredita que os vídeos ainda não são pensados para o ambiente online, mas replicações de modelos offline e out-of-home.

Vídeos nativos devem se tornar 74% do total de receita em anúncios display nos EUA em 2021, gerando uma receita de U$36 bilhões anualmente 

Com o crescimento de gigantes como o Youtube, até mesmo gigantes como o Youtube estão pensando em novos formatos menos “agressivos” para a experiência do usuário e mais atrativos do ponto de vista de performance. Douglas Tokuno, Especialista de Produtos e Soluções de Vídeo do Youtube, acredita que os anúncios em vídeo online vão se aproximar cada vez mais das mídias de performance, participando cada vez mais na geração de leads e jornada de compras. 

“Vamos trocar o modelo que herdamos da TV de formatos de 15 ou 30 segundos e compra de espaços pré-determinados para um mundo de conteúdos e histórias que poderão se conectar com a audiência em um nível cada vez significativo. Surgirão novos modelos de cobrança mais inteligentes e que vão levar em consideração o tempo assistido pelos usuários e os objetivos de negócio dos anunciantes”, avalia Douglas.

Mais de 54% dos profissionais de marcas e mídia conhecem o formatos nativos ou outstream, dentre os quais 74% pretendem investir mais no formato no ano que vem

A emergência da mídia programática e big data permitirá a compra de anúncios assertivos para os mais variados públicos, com o componente interativo ajudando na identificação entre maras e clientes. Emi Gal, da Teads, acredita que em breve as pessoas poderão marcar um test drive de um carro ou ainda escolher roupas para compra ao clicar nas peças que gosta em um anúncio de moda.

“Para que a internet continue de graça, precisamos de propaganda, e ela precisa ser não intrusiva, elegante e bem direcionada, de forma que os consumidores não instalem adblocks. De uma perspectiva tecnológica, toda vez que um adblock instalar algo novo para bloquear anúncios, adtechs lançarão algo novo para desbloqueá-los. Vamos continuar jogando esse jogo gato e rato até a eternidade, a menos que reconheçamos que na verdade, a maioria dos anúncios é ruim”, diz Emi Gal.

Ele acredita que, com a iminência das TV’s conectadas, será possível fazer uma mensuração integrada. “A maior parte das marcas que trabalham com vídeo vêm de um background de TV onde o meio de medir o sucesso de uma campanha é por GRP, reach-time-frequency.  Era uma ótima métrica em um mundo onde você não tinha habilidade de rastrear cada indivíduo pessoalmente. Em um ambiente digital, você pode olhar cada impressão individual e dizer se essas pessoa viu seu anúncio, se ele era viewable se clicaram e engajaram com a sua marca, finalizou o executivo da Teads.

 

 

 

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