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Facebook amplia divisão de receitas em vídeos

Visando qualificar conteúdo e audiência, Plataforma dará maior share de receita publicitária a publishers e criadores


24 de fevereiro de 2017 - 15h39

Por Garett Sloane, do Advertising Age

Na quinta-feira, 23, o Facebook expandiu seu plano de anúncios em vídeos no que diz respeito aos modelos de faturamento para o criador de conteúdo e o anunciante. “Nós queremos ajudar nossos parceiros a monetizar o conteúdo de vídeo premium tanto na página do Facebook deles quanto em seus próprios sites e aplicativos”, escreveu em seu blog o time de monetização de produtos da rede.

O Facebook diz que, para isso, vai estender o comercial que costuma aparecer no meio vídeo para publishers externos. Isso significa que os anúncios continuarão vindos pela audience network do Facebook, que controlam o leilão e entrega de anúncios, mas também os colocará em vídeos ao vivo selecionados e on-demand de um pequeno grupo de editores parceiros.

“Nós queremos ajudar nossos parceiros a monetizar o conteúdo de vídeo premium tanto na página do Facebook deles quanto em seus próprios sites e aplicativos”

A rede social dá aos publishers 55% das vendas em anúncios quando eles são usados em suas próprias contas do Facebook, mas não divulga a divisão da receita quando os anúncios são exibidos nos sites. A empresa está explorando o formato de anúncio no decorrer dos vídeos, porque quer aumentar o dinheiro que pode oferecer a criadores na plataforma. A rede quer atrair conteúdo de maior qualidade e ganhos de visualizações, já que compete em termos publicitários com plataformas como YouTube, Snapchat e Twitter.

Todas as plataformas digitais estão indo atrás de acordos potencialmente lucrativos com ligas esportivas, estúdios de TV e sites de notícias, que precisam ver retorno pelo seu conteúdo. A agência de notícias Reuters divulgou que o Facebook está procurando fazer lives de grandes jogos de ligas de baseball.

A plataforma também está trabalhando com a programadora A&E e outros players para transmitir seus anúncios em vídeos em plataformas como Apple TV. É tudo parte de uma renovação dos hábitos de visualização tradicional saindo da TV e do crescimento do uso da mídia programática para a nova audiência digital.

O Facebook está competindo com o Google para ganhar mais espaço nesse mercado, no qual as vendas em anúncios digitais ultrapassaram a de TV pela primeira vez no ano passado nos Estados Unidos — de US$ 82 bilhões para US$ 72 bilhões, segundo o eMarketer.

A empresa acredita que está em vantagem porque consegue classificar indivíduos melhor, já que é uma rede social, trazendo anúncios mais personalizados. O comunicado desta quinta declara que o Facebook irá gerar maior valor de anúncio do que as concorrentes.

É tudo parte de uma renovação dos hábitos de visualização tradicional saindo da TV e do crescimento do uso da mídia programática para a nova audiência digital.

Uma das desvantagens para publishers é que o Facebook controla a venda dos anúncios, colocando uma distância entre anunciantes e veículos que, geralmente, preferem fortalecer seus laços com as marcas. Mas alguns publishers dizem que acordos comerciais com Facebook e outras plataformas já estão começando a compensar.

A empresa delimitou como e onde os anúncios em vídeo vão aparecer: em páginas com ao menos 2 mil seguidores e 300 visualizações por vídeo no programa de live da rede. Um intervalo comercial de 20 segundos poderá ser ativado após quatro minutos de live e a cada cinco minutos depois do primeiro.

As demandas da rede tem a intenção de encorajar vídeos de maior qualidade e maior participação de personalidades, como no YouTube. O serviço ainda não está disponível no Brasil, pois o Facebook está testando as novas ferramentas antes de expandir para outros países.

Tradução: Thaís Monteiro

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