TV paga e internet: acima da média

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TV paga e internet: acima da média

Crescimento da base de assinantes e usuários foi o responsável pelo desempenho de web e TV paga, que registraram os maiores crescimentos do mercado, segundo Projeto Inter-Meios


11 de setembro de 2012 - 9h10

Se a TV aberta é a rainha do mercado de mídia brasileiro, internet e TV por assinatura são os príncipes herdeiros. O crescimento do faturamento de público e da participação dos veículos de internet e TV paga vem se destacando mês a mês: a internet segue como o meio que mais cresce, inclusive acima da média de todo o faturamento publicitário, cuja expansão foi de 11,02% no primeiro semestre deste ano, de acordo com o Projeto Inter-Meios, e o meio digital, na comparação, cresceu 18,14% no semestre e faturou quase R$ 740 milhões. O dado revela uma pequena desaceleração, já que, no ano passado, o segmento cresceu 19,63%. TV por assinatura, por sua vez, beneficiada pelo aumento chinês da base de assinantes e pela lenta migração dos espectadores da TV aberta para a programação paga, cresceu 17,99% no semestre, com faturamento de R$ 580 milhões. Os dados do faturamento publicitário de janeiro a junho de 2012 foram divulgados nessa segunda-feira, 10.

Os representantes dos players desse mercado concordam que as dificuldades pelas quais passa a economia, principalmente no segundo trimestre deste ano, reduziram os investimentos publicitários. E isso deve se refletir em expansão menor do que a registrada em anos anteriores para o meio digital. Ainda assim, para o presidente do IAB Brasil e presidente do Google, Fabio Coelho, a aceleração da internet se mantém. “Os portais devem crescer mais de 20% até o final do ano”, estima. Para o executivo, as medidas do governo federal ajudam nessa retomada. O diretor de publicidade do UOL, Enor Paiano, concorda que alguns setores tiraram o pé do acelerador e, com crescimento menor do PIB, “isso refletiu diretamente nos investimentos publicitários”, afirma. Por isso, diz que o segmento fechará o ano com um crescimento menor do que 2011. “Ainda assim, o meio internet é o que mais crescerá”, argumenta Paiano. Já para o R7, o momento foi outro. O portal agregou produtos e parceiros como Vagalume, Gazeta Esportiva e Cineclick e transmitiu, por live streaming, cinco canais durante os Jogos Olímpicos de Londres. “Também fizemos investimentos em iniciativas integradas à Rede Record e, obviamente, tudo isso refletiu em metas batidas e um crescimento de 57% em relação ao mesmo período do ano passado”, comemora o diretor comercial do R7, Dado Lancellotti.

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a TV por assinatura chegou a 14,5 milhões de domicílios em junho deste ano, aumento de 30,85% na base de assinantes nos 12 meses anteriores. O reflexo dessa ampliação já é sentido pelo mercado. “A cada ano, a TV por assinatura vem conquistando espaço de forma consistente e progressiva. Só nos últimos 34 meses, mais que dobramos nossa base de assinantes. O share do meio vem aumentando e este cenário promissor nos possibilita potencializar as oportunidades de veiculação das marcas na TV paga”, descreve Fred Müller, diretor de vendas de publicidade da Globosat, cujo maior investimento no semestre foi o lançamento do canal infantil Gloob, que já contabiliza resultados comerciais positivos. A Globosat também se beneficiou, no período, do seu projeto para os Jogos de Londres, transmitido pela SporTV.

Para a diretora comercial do Discovery, Elizângela Mariani, apesar da crise financeira global e os reflexos na economia brasileira, é importante destacar que o aumento dos assinantes permite ao meio um crescimento sustentável e permanente. “O desempenho em termos de faturamento publicitário no primeiro semestre de 2012 está em linha com as expectativas e metas da empresa. Por causa da situação econômica mundial, o mercado não está acompanhando o crescimento que ocorreu em 2011, mas a boa notícia é que ele não está estático, continua crescendo”, celebra.

O Projeto Inter-Meios é um relatório de investimentos em mídia no Brasil tabulado pela empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers com exclusividade para o Grupo Meio & Mensagem, que coordena o projeto. O trabalho mede, mensalmente, os investimentos em veiculação feitos pelos anunciantes na mídia brasileira. Estima-se que ele mensure 90% do total das verbas. Os participantes do projeto encaminham seus dados diretamente à auditoria. Informações completas podem ser encontradas aqui.

Colaboraram Edianez Parente e Roberta Queiroz 

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