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Futuro do Jornal da Tarde sob risco
Título paulistano do Grupo Estado já não oferece mais pacotes de assinaturas; empresa nega fim da circulação
Título paulistano do Grupo Estado já não oferece mais pacotes de assinaturas; empresa nega fim da circulação
Meio & Mensagem
10 de outubro de 2012 - 5h21
O futuro do Jornal da Tarde, tradicional título do Grupo Estado com circulação na capital paulista, está indefinido e se discute, inclusive, se pode encerrar suas operações ainda neste semestre. Já não é possível efetuar assinaturas do diário por meio do site do jornal e o atendimento de vendas do departamento de call center informa aos interessados que a circulação deve ser interrompida, mas sem data específica. Ao Meio & Mensagem, uma atendente do telemarketing de assinaturas afirmou que os cadernos dos jornais devem ser incorporados ao Estadão.
O Grupo Estado afirma que a informação fornecida pelo departamento de assinaturas foi um “mal entendido” e nega “categoricamente” o fim das operações do Jornal da Tarde, mas reconhece que existem estudos para o título, que ainda tem situação indefinida.
Recentemente, a empresa anunciou que o JT passaria por uma reformulação editorial e gráfica, o que poderia envolver o fim da edição dominical do diário. Em agosto, a média diária de circulação do jornal foi de 37.778 exemplares, segundo informações do Instituto Verificador de Circulação (IVC). A maior circulação do diário é às quartas-feiras, ao distribuir o Jornal do Carro, e ultrapassa os 50 mil exemplares.
Fundado em 1966, o Jornal da Tarde foi um marco divisor no jornalismo brasileiro, ao incorporar um projeto gráfico audacioso, em que o uso de fotografias era mais estimulado, com a adoção de reportagens mais encorpadas e em estilo literário. Concebido por Mino Carta – atual editor da revista Carta Capital -, com o jornalista Murilo Felisberto, o jornal ficou conhecido por abrigar jovens talentos oriundos do jornalismo mineiro.
O Grupo Estado vem passando uma série de mudanças estruturais nos últimos meses. Depois do fim do contrato com ex-diretor-presidente da companhia, Silvio Genesini. o membro do conselho de administração e herdeiro Chico Mesquita assumiu o comando do grupo. Foram alterados também os postos de comando em outras áreas estratégicas do Grupo Estado. No final de julho foi anunciado o nome de Christiano Nygaard, que fez carreira no Grupo RBS, como diretor do mercado leitor e operações. Deixaram ainda o Estado, nesse processo de reformulação da área comercial Fábio Costa, diretor de mercado anunciante, substituído por Rogério Gabriel Comprido, e o diretor comercial de mídias digitais, Maurício Palermo, que seguiu para Viacom, substituído por Carolina Tuttoilmondo.
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