Preço da TV paga é abaixo da média

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Preço da TV paga é abaixo da média

No Brasil, cada canal tem um custo inferior à média cobrada no mundo, segundo pesquisa encomendada pela ABTA; no País, setor deve faturar R$ 28 bilhões em 2013


30 de julho de 2013 - 5h30

O preço que o brasileiro paga para ter acesso à TV por assinatura é um pouco menor do que a média do valor cobrado pelas operadoras de TV paga de todo o mundo. Uma pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) mensurou a diferença do custo de cada canal pago em 47 diferentes países e mostrou que, no Brasil, o preço médio de cada canal é de US$ 0,57, enquanto na média mundial, o valor chega a US$ 0,65.

Como parâmetro comparativo, a pesquisa, elaborada pela Fipe, utilizou o índice Big Mac, publicado pela revista The Economist, para encontrar uma equivalência entre os custos das operações. De acordo com a ABTA, esse resultado mostrou que o País segue a tendência mundial, com uma projeçãoa de crescimento do setor nos próximos anos. “O preço encontrado no mercado brasileiro é muito próximo da média mundial. Nosso mercado vive em uma constante pressão por aumento de taxas, impostos e tributos e, por isso, chegamos em um estágio quase que limite para a fixação de um preço mínimo do pacote básico de TV paga”, admite Oscar Vicente Simões de Oliveira, presidente da ABTA.

Quinze países possuem preço médio de canal superior ao Brasil. Na Grécia, por exemplo, esse valor supera US$ 4 e no Japão, chega bem próximo a US$ 1. Os Estados Unidos, em contrapartida, possuem uma política de preços mais baixas para a TV paga: a média de valor por canal naquele país fica próximo de US$ 0,25 e na Argentina, um dos países com maior difusão de TV paga, o preço por canal é próximo de US$ 0,05.

Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 30, em São Paulo, a associação apresentou alguns dados de mercado a fim de preparar os jornalistas e as empresas do setor para a edição de 2013 da Feira e Congresso da ABTA, que acontece nos dias 6, 7 e 8 de agosto. Com previsões otimistas para à indústria de TV paga – embora cientes de que o crescimento da base de assinantes não terá o mesmo ritmo dos últimos anos – os representantes da organização estimam que o setor de TV por assinatura no Brasil, como um todo, deve encerrar o ano de 2013 com um faturamento próximo a R$ 28 milhões.

“Nosso crescimento neste ano ficará na média da expansão dos últimos cinco anos. Sabemos que é insustentável um segmento econômico crescer mais de dois dígitos a cada ano. Mesmo assim, ainda há um grande espaço para a difusão da TV paga no Brasil e devemos encerrar o ano com uma base superior a 18 milhões de assinantes”, estima o presidente da ABTA.

Share publicitário
De acordo com os mais recentes resultados do Projeto Inter-Meios – que compreendem o período entre janeiro e maio deste ano – a TV por Assinatura detém uma fatia de 4% do bolo publicitário. Embora exista um grande esforço das operadoras e programadoras em fazer as agências e anunciantes enxergarem o setor como mídia de massa, a própria ABTA se mostra ciente do papel da publicidade do contexto do negócio. “Existe um enorme espaço para o mercado publicitário ocupar dentro da TV paga, mas sabemos que, pela natureza do setor, a fonte maior de receita sempre será proveniente das assinaturas”, salientou Oliveira.

Apesar disso, ele pontuou que alguns canais possuem uma tendência maior de captação de verbas publicitárias por conta do estilo de conteúdo apresentado. A publicidade, aliás, é tema de um dos principais painéis do evento, que contará com as presenças do presidente da Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap), Orlando Marques, do vice-presidente da Associação Brasileira dos Anunciantes (ABA), Rafael Sampaio, do diretor-executivo comercial da Globosat, Fred Müller, do vice-presidente de publicidade da Fox, Guilherme Valentini e do diretor da Ipsos MediaCT, Diego Oliveira.
 

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