Globo: mais ousadia e flexibilidade

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Globo: mais ousadia e flexibilidade

Carlos Henrique Schroder detalha a disposição da emissora em experimentar para ampliar seu portfolio de conteúdo


3 de abril de 2014 - 12h40

Atualizada às 16h10

Experimentar e arriscar são os dois verbos que devem nortear as estratégias da Globo neste ano. Imbuída da missão de surpreender constantemente o público, a emissora líder do País declara estar vivenciando uma fase mais criativa e ousada – valores trazidos pela nova gestão, que vêm coordenando a Globo desde o início do ano passado.

“Arriscar é uma tarefa constante neste novo momento da Globo”, frisou Carlos Henrique Schroder, em coletiva de imprensa realizada na sede da emissora, na manhã desta quinta-feira, 3, em São Paulo. No encontro, o diretor geral da Globo detalhou os planos da emissora em relação à grade de programação, que foi apresentada à imprensa e convidados no evento Vem Aí, realizado em São Paulo na noite anterior – quarta-feira, 2.

O executivo da emissora contou que, para melhor planejar e avaliar aquilo que é colocado na tela, foram criados cinco fóruns de discussão para os principais produtos de entretenimento da casa: séries, variedades, humor, novelas e formatos em geral. Cada um desses fóruns realiza reuniões mensais, das quais participam um grupo, entre oito e dez pessoas, formado por autores, diretores e atores da casa.

“O fórum de séries é que o está mais avançado. Dele já extraímos importantes estratégias, como a de aumentar a quantidade de produtos da faixa nobre, após a novela das 21h”, explica Schroder. Segundo ele, em 2013, a Globo exibiu 12 atrações no bloco entre a trama das 21h e o jornal da Globo. Neste ano, serão 16 atrações. Séries mais curtas, programas de humor e até mesmo o The Voice Brasil foram encaixados nessa faixa. “O desempenho dessas atrações mostrou que é permitido ousar e inserir produtos com duração e estilos diferentes”, destacou.

Embora exista a pressão para sustentar a posição de líder isolada, o diretor-geral da Globo revela que a audiência nem sempre é prioridade no desenvolvimento dos novos produtos. “Itens como relevância, repercussão e qualidade vêm em primeiro lugar. Se colocarmos metas de audiência podemos atrapalhar o desenvolvimento de algumas atrações e coloca-las em uma posição muito injusta”, avalia Schroder.

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Um dos experimentos que serão testados este ano na grade da Globo é a veiculação de tramas mais curtas no horário das 18h. Schroder explicou que, por diversas questões externas – como o horário de verão, por exemplo – a primeira faixa de novelas da Globo estava sendo prejudicada e que, por isso, houve a opção por fazer tramas mais curtas, com cerca de 100 capítulos (as novelas convencionais tem em torno de 200). Meu Pedacinho de Chão, que estreia no próximo dia 7, será a primeira a testar o formato.

Com cenários e personagens lúdicos e coloridos, a trama é esteticamente bem diferente das que a Globo costuma exibir as 18h. Embora frise que não é este o público-alvo principal, o diretor geral admite que Meu Pedacinho de Chão tem chance de atrair uma audiência infanto-juvenil. Essa será a primeira novela das seis que contará com a participação de Antonio Fagundes, um dos maiores astros do elenco da casa, o que demonstra a importância do projeto para a emissora. 

Schroder comentou também sobre a nova marca da Globo, apresentada durante o Vem Aí. O tradicional símbolo da emissora será branco, com a área interior colorida e faixas que ficam em constante movimento. O projeto demandou um ano de estudos e irá acompanhar toda a comunicação da emissora, desde vinhetas e chamadas até passagens, cenários e carros de reportagem.

A reformulação da marca é o primeiro grande projeto em comemoração aos 50 anos da Globo, que serão completados em abril de 2015. Ao longo dos próximos meses, novos projetos e estratégias em torno da celebração de meio século de emissora serão apresentados.

Colaborou Bárbara Sacchitiello

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