Dona Nenê e o segredo do sucesso

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Dona Nenê e o segredo do sucesso

Em texto exclusivo ao Meio & Mensagem, a personagem de A Grande Família conta sua receita pessoal de felicidade


11 de setembro de 2014 - 2h56

Após 14 anos em exibição na Rede Globo, a série de TV “A Grande Família” chega ao fim nesta quinta-feira, dia 11. O seriado é considerado um grande sucesso da produção televisiva brasileira e o de maior duração. “A estratégia [para conseguir manter o seriado na TV por tanto tempo] foi de muito trabalho e empenho. Foi sempre apostar em equipes competentes e criativas. Foi a procura constante pela renovação e pelo entusiasmo. Foi o cultivo das parcerias. E muita alegria no set”, explica o diretor-geral Luís Felipe Sá.

A história foi criada nos anos 1970, por Oduvaldo Vianna Filho, o Vianninha, na primeira versão da série. Ela foi ao ar de 1972 até 1975 e possuía um caráter mais político, já que o Brasil atravessava a ditadura militar. Em 2000, os personagens e a história foram resgatados em uma nova versão, com mais foco no humor.

No texto a seguir, redigido com exclusividade para Meio & Mensagem, a roteirista Adriana Falcão veste a persona de Dona Nenê e conta sua receita pessoal de uma vida feliz:
 

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O Segredo do Sucesso

Meu nome é Irene Silva, mas todo mundo me chama de Nenê.
Desde garota.

Quando eu conheci o Lineu, ele comentava que Irene é um nome muito bonito. Mas não pegou. Eu acho até que naquela época eu tinha cara de Irene, mas depois que eu tive a Bebel e o Tuco, fui ficando mais com cara de dona Nenê mesmo, admito.

Na verdade, eu andava com a cabeça tão ocupada com a casa e a família, que nem tinha muito tempo pra pensar em mim, muito menos no meu nome. E todo mundo falava no “cozido da dona Nenê”, e o Agostinho o dia inteiro me pedindo: “dona Nenê, isso, dona Nenê, aquilo”, e a mania que o Florianinho tem de ficar tocando música em vez de estudar pra prova, e o Lineu repetindo no jantar: “vocês se aproveitam da paciência da Nenê!” e a coisa veio vindo.

Até que um dia eu perdi a paciência.

Aí eu comecei a me lembrar da Irene. A Irene criança, brincando com a bailarina da sua caixinha de música, sonhando em ser bailarina, quando crescesse. A Irene que ainda não sabia que vida ia ter, quem ia ser, nem como ia ser chamada. A Irene que não tinha feito nenhuma escolha importante ainda, portanto ainda tinha muita escolha pra fazer. E eu resolvi me dar a chance de fazer novas escolhas. É claro que não foi fácil, e até em psiquiatra eu fui, mas eu acho que foi bom pra todo mundo.

Se eu escolhi, pela segunda vez na vida, ficar com o Lineu, pertinho da minha família, é porque realmente isso me faz feliz. Eu gosto de ser a dona Nenê.

Mas também tem uma coisa que eu gosto, e isso eu nunca contei pra ninguém, só vou contar pra você. Toda quinta-feira, quando a gente toma um vinhozinho antes de deitar, assim que o Lineu fecha a porta do quarto, e a gente fica só os dois, ele sempre me beija e me chama de Irene. Ui. É uma delícia.
 

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