Cinema adia digitalização de salas para 2015

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Cinema adia digitalização de salas para 2015

No Brasil, 50% do parque exibidor concluiu processo cujo prazo inicial era dezembro deste ano


28 de outubro de 2014 - 3h23

Cinemas dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia já usufruem há muito tempo de técnicas modernas e econômicas de distribuição e exibição de filmes em cinemas, graças a sistemas digitais. Aguardados como um item a revolucionar o setor também no Brasil, inclusive no que diz respeito à programação de publicidade no cinema, o prazo terá de ser revisto. “Possivelmente vamos passar do prazo inicial e nossa próxima previsão é o primeiro trimestre de 2015, mas não queremos adiar mais do que isso”, afirma Beatriz Schmidt, diretora de marketing do Itaú Cinemas, que já concluiu o processo em 20 de suas 56 salas.

O problema do adiamento da digitalização do parque vai além dos benefícios que pode trazer a projetos de mídia. Os maiores distribuidores de longas-metragens devem aposentar a produção de películas. Todos os processos envolvidos na cadeia de uma película, desde a revelação até a preservação das cópias, são muito mais caros que o manuseio de arquivos digitais. De olho na economia possível com os novos processos, os maiores estúdios de Hollywood — Disney, Paramount, Warner e outros — se reuniram em 2005 numa comissão que determinou padrões para a digitalização. A data final para envio de rolos de filme para o Brasil foi combinada para 31 de dezembro de 2014.

Nesse ínterim, percebeu-se que a economia prevista no início da cadeia não se sustentaria até o final dela, uma vez que exibidores teriam de fazer grandes investimentos para comprar novos projetores e instalar servidores, entre outras reformas. Criou-se, então, a chamada Virtual­ Print Fee (VPF), tarifa paga pelos distribuidores para minimizar os custos das redes de cinema. Esse modelo também foi trazido para o mercado brasileiro, mas foi considerado insuficiente diante da pulverização do mercado e das altas taxas alfandegárias do País.

A VPF é paga de modo compensatório, quando a projeção digital já está em andamento, como uma tarifa por filme em cartaz. “Quanto mais tarde fica o prazo de pagamento, o VPF diminui para o exibidor e a conta fica mais pesada”, explica Carlos Rocha, presidente da Kinomaxx, que opera mídia em 1,2 mil salas, das quais 700 já estão digitais. Como pequenos exibidores não mantêm blockbusters por muito tempo em cartaz ou em muitas salas e, em diversos casos, exibem filmes do circuito independente ou de arte, a VPF não valia a pena.

Para onerar menos o parque exibidor brasileiro, a Agência Nacional do Cinema (Ancine) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibilizaram linhas de crédito de mais de R$ 160 milhões. Das cerca de 2,7 mil salas no País, a agência indica que cerca de 1,5 mil estão recebendo recursos para digitalização. Em seu último relatório semestral, a Ancine calculou que cerca de 50,4% do parque exibidor brasileiro já está digitalizado.

Leia a íntegra desta matéria na edição 1582, de 21 de outubro, exclusivamente para assinantes de Meio & Mensagem, disponível nas versões impressa ou para tablets Apple e Android.

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