A consciência negra nas novelas

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A consciência negra nas novelas

Relembre algumas obras da dramaturgia que abordaram as questões de igualdade racial e destacaram os atores negros


20 de novembro de 2014 - 11h42

Assim como na própria sociedade, a participação dos negros na dramaturgia televisiva veio evoluindo nos últimos anos. Por muito tempo restritos aos enredos que remetiam à fase da escravidão ou a personagens secundários (principalmente de empregados), os atores negros já conseguem algum destaque em papéis variados. Apesar disso, em comparação com a quantidade de atores brancos presentes nas tramas, a presença dos negros ainda é numericamente inferior e os estereótipos ainda não foram totalmente mudados.

Embora dezenas de novelas e minisséries tenham destacado, de alguma forma, a questão racial do Brasil desde os tempos da escravidão, o Meio & Mensagem selecionou, neste Dia da Consciência Negra, algumas das tramas mais marcantes que colocaram os negros no centro da história, seja pela temática ou pelo papel relevante dos atores. Relembre: 

A Escrava Isaura

Uma das tramas nacionais mais conhecidas em todo o mundo, a novela exibida pela TV Globo em 1976 retratava a luta abolicionista no País, ilustrada pela triste história de Isaura (vivida pela atriz Lucélia Santos), uma escrava branca que sofria os maus-tratos impostos por seu senhor. De Gilberto Braga, a novela foi, por muitos anos, a obra de dramaturgia mais comercializada pela Globo, tendo sido dublada para dezenas de idiomas. Em 2004, a Record produziu um remake da trama, com a atriz Bianca Rinaldi no papel principal. Veja as aberturas:  

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Sinhá Moça

Também retratando o conflito entre os escravocratas e os abolicionistas, a trama de Benedito Ruy Barbosa também foi protagonizada por Lucélia Santos, que interpretava a Sinhá Moça, filha de um barão escravocrata, que se apaixonava por um jovem republicano. A novela foi ao ar em 1986 e, em 2006, ganhou um remake escrito pelo próprio Ruy Barbosa. Na nova versão, a atriz Débora Falabella deu vida à protagonista. Veja: 

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Abolição

Para comemorar o centenário da abolição da escravidão no Brasil, a Globo colocou no ar, em 1988, a minissérie Abolição. Escrita por Wilson Aguiar Filho, a narrativa contava a vida dos escravos no momento em que a Princesa Isabel estava prestes a assinar a Lei Áurea. Veja: 

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Xica da Silva

A versão da TV Manchete para a história da escrava que virou rainha foi um dos marcos da teledramaturgia dos anos 1990. A novela de Walcyr Carrasco rendeu à emissora ótimos índices de audiência em 1996 e apresentou ao público a atriz Taís Araújo, que interpretou a forte e polêmica personagem. Veja:
 

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A Próxima Vítima

Embora tivesse um enredo policial e ambientado nos anos 1990, a novela A Próxima Vítima entra para a lista por ter sido a primeira trama do horário nobre a contar com um núcleo de personagens de classe média-alta interpretado por atores negros. Em 1995, a iniciativa do autor Silvio de Abreu foi exaltada por sair do estereótipo dos papéis de funcionários e empregados geralmente dados aos negros. Veja: 

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Da Cor do Pecado

Foi apenas em 2004 que uma atriz negra foi escalada como protagonista de uma novela da Globo. O responsável pelo marco foi João Emanuel Carneiro, que convidou Taís Araújo para interpretar a Preta, protagonista de Da Cor do Pecado. Na trama, ela fez par romântico com o ator Reynaldo Gianecchini. Veja:

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Lado a Lado

Ambienta no período posterior à abolição da escravidão, Lado a Lado retratou as lutas dos negros e da classe operária do Rio de Janeiro para se firmar na sociedade do início do século XX. Com os atores Lázaro Ramos e Camila Pitanga como protagonistas, a trama de Claudia Lage e João Ximenes Braga foi bastante elogiada pela crítica e rendeu à Globo o Emmy Internacional de Melhor Novela de 2012. 

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O Sexo e As Negas

Ainda no ar, o seriado de humor de Miguel Falabella ganhou a atenção da mídia neste ano pelas polêmicas em torno de seu nome e enredo. Por escalar quatro atrizes negras para os papéis principais, o ator foi acusado de estereotipar os negros e os ambientes das comunidades cariocas. O seriado não deve ganhar uma segunda temporada na TV.  

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