Ainda valioso, Oscar perde audiência

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Ainda valioso, Oscar perde audiência

Nos Estados Unidos, cerimônia de premiação do cinema teve 15% menos público do que no ano passado; mesmo assim, ABC teve alto faturamento nos intervalos comerciais


24 de fevereiro de 2015 - 10h52

Apesar das produções estreladas e da expectativa em relação aos vencedores, a 87ª edição do Oscar não teve a audiência esperada nos Estados Unidos. De acordo com dados prévios da Nielsen, a ABC, rede de TV norte-americana que transmitiu a premiação, registrou uma audiência de 36,6 milhões de espectadores na noite desse domingo, 22. Desse total, cerca de 37% são pessoas com idade entre 18 e 49 anos.

Na comparação com a edição de 2013 do Oscar, a queda na audiência é de 15%. Em 2014, a cerimônia, apresentada por Ellen DeGeneris, atraiu 43,7 milhões de pessoas para a frente da TV. Mesmo antes da Nielsen revelar os dados reais de audiência (que podem variar bem pouco em relação à prévia), já é possível afirmar que a edição de 2015 foi a terceira pior audiência do Oscar em uma década e a quarta maior queda registrada em um período de 40 anos.

Se o desempenho de audiência da festa que consagrou o filme Birdman como o melhor do ano ficou abaixo dos anos anteriores, os ganhos obtidos pela ABC não foram prejudicados. Assim como acontece com os grandes eventos ao vivo dos Estados Unidos – como o Super Bowl – essas transmissões costumam gerar um enorme interesse dos anunciantes, que investem para aparecer nos 30 segundos dos intervalos comerciais sem ter garantias concretas a respeito da audiência daquele produto. Por cada 30 segundos de intervalo do Oscar, a ABC teria cobrado cerca de 1,9 milhão de cada anunciante. 

Leia também: Birdman: o voo do pássaro – Meio & Mensagem entrevista Armando Bo, um dos roteiristas do vencedor do Oscar

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A queda na audiência da cerimônia deste ano também pode ser explicada pelas produções que disputavam a cobiçada estatueta. Tradicionalmente, quando filmes mais populares – que arrecadaram grande bilheteria nos cinemas americanos – concorrem ao Oscar, a audiência cresce. Em 2008, por exemplo, a obra Onde os Fracos Não Tem Vez, dos irmãos Coen, ganhou o troféu de Melhor Filme. Nos cinemas, a produção tinha arrecadado US$ 48,800 milhões, valor considerado baixo para os padrões norte-americanos. O resultado refletiu na audiência do Oscar daquele ano: 32 milhões de espectadores, o mais baixo público da cerimônia desde 1974.

Birdman, o vencedor do Oscar 2015, arrecadou somente US$ 37,7 milhões em bilheteria. A exceção entre as obras que disputavam a estatueta de Melhor Filme neste ano foi Sniper Americano, que estreou no Natal de 2014 e, desde então, arrecadou mais de US$ 319,6 milhões.

Um dos melhores momentos da ABC com o Oscar, no entanto, aconteceu em 1998, quando o blockbuster Titanic, de James Cameron, arrebatou 11 estatuetas e deixou mais de 55,2 milhões de espectadores vidrados diante da TV para acompanhar o desempenho de um dos filmes mais premiados da História. Antes de arrasar no Oscar, a produção de Cameron também tinha batido recordes em bilheteria nos Estados Unidos e em todo o mundo.

A transmissão no Oscar segue a tendência de queda de audiência já observada nas premiações realizadas neste ano. Em janeiro, o Globo de Ouro conseguiu um público espectador 8% menor do que em 2014. O Grammy Awards, transmitido pela CBS, também registrou queda de 11% na audiência.

Com informações do Advertising Age 

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