Netflix abre ?vaga dos sonhos? no Brasil

Meio & Mensagem
8 de abril de 2015 - 8h46

Assistir a dezenas de filmes e séries e ainda ser remunerado por isso. O que pode parecer o emprego dos sonhos para muitos é realidade para a Netflix, que abriu seleção no Brasil para encontrar um profissional que realize essas tarefas.

O trabalho de tagger, inédito na rede no País, abrange a criação de etiquetas como “thriller com sangue”, ou “animação com bichos falantes” para resumir as produções.

Juntos aos algoritmos criados pelos engenheiros da Netflix, as tags ajudam a aprimorar os filtros de sugestões a usuários da plataforma. A função também denota a importância crescente do mercado brasileiro para a empresa americana de video on demand. Afinal, o tagger também funciona, segundo o site de empregos da plataforma, como “consultor cultural brasileiro, destacando especificidades culturais e preferências”. Até então, os títulos da plataforma no País eram só classificados por brasileiros que vivem nos Estados Unidos – também há taggers no Canadá, no México, na Holanda e no Reino Unido.

Em depoimento à Folha de S.Paulo, Todd Yelling, vice-presidente de inovação da Netflix, disse que a empresa quer “ter alguém no País, imerso na cultura do dia a dia”, e citou como exemplo do foco em plateias brasileiras a série original Narcos, em que Wagner Moura interpreta o megatraficante colombiano Pablo Escobar: "Conseguimos ter o José Padilha, um dos melhores diretores brasileiros, no projeto. Sou fã de Tropa de Elite.” Segundo o executivo, a Netflix vai triplicar a quantidade de conteúdo próprio neste ano – em 2014 havia cem horas de produções originais em seu catálogo global e, em 2015, serão 300, com a expectativa de dobrar em 2016.